"LÍNGUA PORTUGUESA"
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amote assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
Olavo Bilac
1.Após a leitura do poema, aponte algumas características do Parnasianismo presentes nele.
2.Pesquise e diga por que o autor usa a metáfora “última flor do Lácio” para se referir à língua portuguesa?
3.Destaque algumas expressões em que o poeta enfatiza a beleza da língua.
Respostas
respondido por:
6
01-
02- Olavo Bilac refere-se ao fato de que a Língua Portuguesa foi a última língua neolatina descendente do latim vulgar, falado pelos soldados da região italiana do Lácio.
03-O poeta enfatiza a beleza da língua em suas diversas expressões: oratórias, canções de ninar, emoções, orações e louvores:
“Amo-te assim, desconhecida e obscura,
/ Tuba de alto clangor, lira singela”.
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