Suponha que você é profissional da psicologia e acaba de receber em sua clínica Mariana, de 6 anos, acompanhada de seus pais, que vieram em busca de um psicodiagnóstio encaminhados pela psicopedagoga da escola. Mariana tem andado muito reservada e, em alguns momentos, dispersa. Quando tiveram a conversa, os pais ficaram muito assustados e correram para agendar um horário com você, que é um profissional bem recomendado?
Respostas
Resposta:
Explicação:
Os passos iniciais do processo de psicodiagnóstico são: levantamento de perguntas relacionadas com os motivos da consulta e definição das hipóteses iniciais e dos objetivos do exame; planejamento, seleção e utilização de instrumentos de exame psicológico; e levantamento quantitativo e qualitativo.
– Entrevista com a psicopedagoga: É uma estratégia utilizada para que a demanda seja melhor compreendida. Levantar informações sobre o comportamento de Mariana no colégio com a psicopedagoga é fundamental para definir hipóteses iniciais e determinar o objetivo do psicodiagnóstico, o que é essencial para o processo.
– Observação in loco: É possível que você passe alguns dias acompanhando de perto a rotina de Mariana na escola a fim de observar seus comportamentos, suas interações e o contexto da escola no geral. Essa é uma estratégia muito comum para ir além das informações trazidas por outras pessoas, tendo em vista que observar pessoas em seu contexto natural pode ser muito enriquecedor para a análise.
– Entrevista com os pais: Deve-se solicitar aos pais que retornem em outro momento sem a presença de Mariana para que sejam coletadas a seguintes informações: como é o dia a dia dela e como têm sido os últimos anos desde a gestação; se há histórico de acompanhamento médico; como é a dinâmica familiar e o contexto em que está inserida; como Mariana se comporta em casa e com os amigos; se a família dá algum suporte a ela; quais são as expectativas dos pais em relação ao que está acontecendo e também no que diz respeito ao futuro, dentre outras. Quando se trata de atendimento de crianças, essa é uma etapa imprescindível.
– Entrevista lúdica: É a oportunidade de ter contato com Mariana por meio do que se considera o comportamento mais comum entre as crianças, ou seja, pelo ato de brincar. Deve ser realizada sem a presença dos pais ou de qualquer outra figura de autoridade, possibilitando que ela brinque com o que quiser, e da forma que quiser, de maneira livre e espontânea. Serão utilizados critérios para análise do brincar, fazendo perguntas sobre a brincadeira, tentando extrair conteúdos que não surgiriam por meio de perguntas diretas.
– Análise documental: Devem-se analisar eventuais prontuários, registros escolares e outros documentos que possam conter dados importantes que não foram lembrados pelos pais ou por outras pessoas entrevistadas. Esses documentos podem conter informações que, associadas a outras, podem auxiliar na definição das hipóteses e dos objetivos.