Vida e morte: A ideia de imortalidade
As civilizações ao longo de sua história elaboraram diferentes concepções fundamentais para a
compreensão do que possa acontecer depois da morte. São elas a reencarnação, a
ancestralidade, a ressurreição, Transmigração e o Nada. Inicialmente parte-se da premissa de
que o corpo material é um composto habitável por um ser incorpóreo denominado de alma
(espírito ou adjacente). Desse modo, supõem-se que o corpo humano (com forma, peso,
tamanho, cor) seja animado por um princípio vital (sem forma, sem peso, sem tamanho, sem cor).
Vejamos cada uma dessas concepções em particular:
Ressurreição: No Judaísmo, Cristianismo e Islamismo, nós encontramos uma
possibilidade de resposta quanto o além-morte. É a ressurreição, que tem como significado
original, ressurgir, é como se a pessoa despertasse de um sono, ou seja, o espírito volta para o
mesmo corpo. No Cristianismo, a crença na ressurreição fundamenta-se na experiência de Jesus
Cristo, ressuscitado por Deus, conforme descreve o Novo Testamento Bíblico. Os cristãos que
nele acreditarem durante suas vidas, ao morrerem, ressuscitarão. No Islamismo, existem alguns
fundamentos que devem ser considerados, a crença em Alá pressupõe acreditar na vida após a
morte, esta vida é a oportunidade de cada um preparar a sua eternidade, a morte se dá no
momento pré-determinado por Alá, no dia da ressurreição, todo fiel será recompensado
integralmente pelos seus atos, pois no dia da ressurreição será manifestado à misericórdia e
justiça do Criador, e se não houver vida após a morte, a crença em Alá torna-se irrelevante.
Reencarnação: Para o Budismo e o Espiritismo e algumas outras religiões, a pessoa volta a viver
num novo ser, podem reencarnar várias vezes até atingir a perfeição, quando então está livre
deste ciclo. Reencarnar significa ter carne de novo, voltar à carne, voltar a viver. Os espíritos
nascem, morrem, reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias ao seu próprio
aprimoramento. Para os Budistas a reencarnação é entendida como o renascimento. A
iluminação é a libertação de tudo que causa sofrimento e que é ilusório, ao atingir a perfeição
(Nirvana), é decretado o fim do ciclo das reencarnações (Sansara).
Transmigração: Uma variante da reencarnação é a transmigração de almas, para o Hinduísmo, a
alma transmigra, passa de um corpo ao outro, humano ou animal. Esse processo acontece
sempre neste mundo, não há plano superior ou inferior, porém uma alma pode evoluir ou regredir.
Para o Hinduísmo, libertar-se da transmigração depende de fazer sacrifícios, controlar desejos e
fazer o bem desinteressadamente.
Ancestralidade: para as religiões africanas, o ser volta aos antepassados, aos ancestrais. Para a
ancestralidade, quando um avozinho morre, seu espírito continua vinculado à família, ao clã,
ajudando mesmo após a sua morte aqueles que ele ama. “Cada criança que nasce é um
ancestral que retorna, não no sentido de uma reencarnação cíclica, mas como uma continuidade
instituída quando Oxalá criou o primeiro ser do barro e Olodumaré insuflou-lhe vida” (Júnior
Souza). Nas tradições africanas a morte é comemorada com uma festa, pois é o momento que o
espírito alcança a liberdade e se reúne com seus ancestrais e divindades. Nas tradições
indígenas a morte é entendida como uma viagem para outros mundos Niilismo ou o Nada: não há respostas e sentido as questões que transcendem o ser humano, ou
seja, só é admitido aquilo que podemos aprender com os sentidos, do contrário é ilusão. A
perspectiva niilista se contrapõe aos ensinamentos religiosos quanto a possibilidade de vida após
a morte, pois para eles o que não se pode provar não existe. Para os niilistas deve-se buscar
sentido a vida a partir de valores e princípios voltados ao tempo presente, sem expectativa ou
crenças numa vida futura após a morte.
Atividade
1 - Cite o nome das ideias de imortalidade citadas no texto.
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a reencarnação, a ancestralidade, a ressurreição, Transmigração e o Nada.
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