Quando se pretende estabelecer uma relação profissional que enxergue o cliente como uma pessoa provida de capacidade de refletir e de decidir, sugerir proibições e de deveres a serem seguidas pode significar negar a sua condição de sujeito. Por isso, devemos, enquanto enfermeiro(a) apresenta-los por meio de uma linguagem acessível, simples e compreensível, dando oportunidade do cliente expressar as suas incompreensões, os seus questionamentos e medos. Neste sentido, é imprescindível que o enfermeiro(a) explique ao cliente a doença em questão, como os seus hábitos de vida podem ou não agravá-Ia, como determinados cuidados podem ou não aumentar sua sobrevida, além de fazer com que ele se reconheça como responsável pelo cuidado de si. Neste sentido, ainda, podemos nos deparar com conflitos éticos em que os clientes desejem optar, voluntariamente, por abandonar o seu tratamento, por exemplo, negar-se a dar continuidade a um tratamento oncológico, devido às complicações e ao comprometimento generalizado da sua capacidade de se cuidar. Diante desta situação, o profissional precisa se perguntar: esta decisão pode ser em decorrência a um estado depressivo ou pode ser uma possibilidade de escolha consciente? Diante deste questionamento quero que reflita na possibilidade do paciente estar consciente sobre a decisão de cessar o tratamento quimioterápico. Os questionamentos são: 1)Qual princípio bioético devemos seguir diante desta situação? 2)Qual medida pode ser utilizada diante da possibilidade de não haver nenhum tratamento capaz de curar o paciente, uma vez que se deve sempre prezar pela qualidade de vida do mesmo?
Respostas
Resposta:
1)O princípio da beneficência refere-se à obrigação ética de maximizar o benefício e minimizar o prejuízo. O profissional deve ter a maior convicção e informação técnica possíveis que assegurem ser o ato médico benéfico ao paciente (ação que faz o bem).
2)Os cuidados paliativos visam aumentar a qualidade de vida do paciente com condutas que diminuam seu sofrimento diante de não haver nenhum procedimento invasivo que cure o paciente.
O que são os cuidados paliativos?
Cuidados paliativos (paliativismo) são cuidados realizados a pessoas com doenças graves e progressivas que inexoravelmente culminará com o final de sua vida.
Para isso, utiliza-se dos cuidados paliativos que visam aumentar a qualidade de vida do paciente e de seus familiares com condutas que diminuam o sofrimento e a dor daquele que padece.
As intervenções podem ser:
Tratamento de dor;
Apoio psicológico;
Apoio espiritual
Apoio físico e social.
O principio bioético que deve ser seguido pelo profissional nesta situação (letra a) deve ser a de manter a autonomia do paciente, onde cabe a ele quais práticas diagnósticas e terapêuticas que quer se submeter. Assim, a medida que pode ser utilizada quando não há nenhum tratamento capaz de curar o paciente (letra b) são os cuidados paliativos.
O que são os cuidados paliativos?
Os cuidados paliativos são medidas e cuidados que visam manter uma boa qualidade de vida de um paciente que possui uma doença grave e progressiva, que irá gerar o fim de sua vida.
Assim, determinamos que a autonomia do paciente deve ser mantida, sendo ele o responsável por aceitar ou não métodos de diagnóstico e medidas terapêuticas.
Quando não há mais nenhum tratamento eficaz para gerar a cura do paciente, os médicos optam por cuidados paliativos, onde são feitos uma série de cuidados com o paciente e medidas com os familiares para diminuir a dor e o sofrimento, visando sempre manter a qualidade de vida do paciente.
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