• Matéria: Saúde
  • Autor: zimmermannmateush
  • Perguntado 3 anos atrás

Situação-problema
Yara é uma enfermeira de 42 anos, casada há 19 anos e já tentou engravidar inúmeras vezes. Ela já teve 2 abortos espontâneos, mas, mesmo assim, não desistiu das tentativas e há 4 meses realizou mais uma tentativa de fertilização in vitro, porém não houve implantação bem-sucedida. Yara trabalha em uma Unidade Básica de Saúde e recentemente recebeu a paciente R. P. L., que havia agendado exame citopatológico há 2 semanas. Ao iniciar o atendimento, Yara seguiu o protocolo e iniciou a anamnese da paciente, conforme rotina. Ao longo dos primeiros minutos da coleta do histórico, a paciente começou a chorar compulsivamente, então, a enfermeira se aproximou, tentando acalmar a paciente que contou que havia sofrido violência sexual, mas que não teve coragem de denunciar, e há 20 dias fez um teste de farmácia que comprovou a gravidez. Ela perguntou para a enfermeira se era possível realizar um aborto nesses casos e se a mesma sabia como proceder nessa situação. Yara é bastante fervorosa em sua fé e é totalmente contra abortos, principalmente depois de várias tentativas de engravidar. A enfermeira disse a jovem que não havia possibilidade de aborto pois era ilegal perante a lei.
Os princípios morais e éticos norteiam todas as ações humanas na vida em sociedade e a atuação profissional do enfermeiro deve ser pautada nesses princípios para garantir os direitos dos usuários dos serviços de saúde, neste sentido, responda os questionamentos a seguir:

1°) A enfermeira respeitou os princípios bioéticos (beneficência, não-maleficência, justiça e autonomia)? Justifique

2°) Qual é o posicionamento do Código de Ética de enfermagem em relação ao abortamento?

3°) Qual é o posicionamento do código penal referente ao abortamento em situação de violência sexual?

4°) Enquanto Enfermeiro(a), devemos julgar o paciente utilizando nossos juízos de valores? Sempre se coloque no lugar daquele que está sob cuidados e por isso merece e deve recebê-los. Reflita!​


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Respostas

respondido por: oreques
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A primeira atitude da enfermeira Yara deveria ser a orientação para sua paciente de que em caso de gravidez resultante de abuso sexual, o aborto é permitido por lei.

O aborto é permitido por lei?

A enfermeira passou uma informação incorreta para sua paciente ao afirmar que o aborto era ilegal perante a lei, ferindo o princípio da beneficiência que diz que: "o profissional deve ter a maior conviccção e informação técnica que assegurem atos benéficos aos pacientes".

Profissionais enfermeiros e o aborto:

O código de ética dos profissionais enfermeiros deixa claro que o profissional não pode provocar atos que levem ao aborto, exceto nos casos que são permitidos pela legislação (ex: gestação resultante de abuso sexual), entretanto, o profissional tem o direito de decidir ser irá participar ou não do procedimento.

Código penal nos casos de aborto:

O código penal informa que em casos de violência sexual o aborto poderá ser realizado até as 20 semanas gestacionais, ou ainda até as 22 semanas gestacionais, se o feto estiver pesando menos do que 500 gramas.

O juízo de valores e a profissão do enfermeiro:

Não cabe ao enfermeiro utilizar juízo de valores para o julgamento de seus pacientes. O juízo de valor parte de percepções individuais que se pautam em uma soma de fatores como cultura, ideologias, sentimentos, que são próprios de cada indivíduo.

Para entender mais sobre aborto:

https://brainly.com.br/tarefa/9928378

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