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O padre Antonil acredita que a escravidão é um elemento intrínseco da organização social brasileira, porém, os castigos dispensados aos escravos se fazem desnecessários, podendo ser substituídos por alimentação e conforto.
A escravidão, para padre Antonil
O jesuíta expõe sua visão acerca das necessidades dos escravos, constituídas por pão ou alimentação, pano que seria uma metáfora para as vestes ou para os lençóis onde acontecia um breve descanso, e pau que caracteriza os intensos castigos físicos.
Antonil defende a ideia de que o chamado PPP deveria contemplar mais alimentação e conforto do que castigo, pois, muitos escravistas afirmavam que essa sigla deveria apresentar um balanço ideal, algo errôneo, tendo em vista que os escravos mais apanhavam e trabalhavam do que dormiam ou se alimentavam.
Segue o texto em estudo:
Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque sem eles no Brasil não é possível fazer, conservar e aumentar a fazenda, nem ter engenho corrente. E do modo como se há com eles, depende tê-los bons ou maus para o serviço. Por isso, é necessário comprar cada ano algumas peças e reparti-las pelos partidos, roças, serrarias e barcas. E porque comumente são de nações diversas, e uns mais boçais que outros e de forças muito diferentes, se há de fazer a repartição com reparo e escolha, e não às cegas. No Brasil, costumam dizer que para o escravo são necessários PPP, a saber, pau, pão e pano. E, posto que comecem mal, principiando pelo castigo que é o pau, contudo, prouvera a Deus que tão abundante fosse o comer e o vestir como muitas vezes é o castigo, dado por qualquer causa pouco provada, ou levantada; e com instrumentos de muito rigor, ainda quando os crimes são certos, de que se não usa nem com os brutos animais...
Mais sobre as concepções escravistas do padre Antonil: brainly.com.br/tarefa/5561752
#SPJ11