Joana estava ansiosa. Aguardou pelo horário marcado com sua coordenadora para conversarem reservadamente. Desejava que aquela reunião ajudasse a resolver o conflito com o colega Júlio, o que a estava incomodando demais nesses últimos dias.

Paula a recebeu demonstrando calma, serenidade, disponibilidade. Falou pouco ao acolher Joana, colocando-a confortavelmente numa poltrona e sentando-se de frente à ela. Sabia que era uma situação emocionalmente carregada e sabia também como era estar em situações assim. Joana começou a falar de forma desordenada, era a ansiedade que parecia atrapalhar a ordem dos pensamentos. Paula manteve o foco, continuou a olhar para Joana demonstrando calma, não a interrompeu nem pediu que organizasse a fala. Apenas deixou fluir a fala de Joana que, pouco a pouco foi ficando mais clara, mais pausada. 
Enquanto Joana seguia em seu relato, Paula foi enviando pequenos sinais corporais: manteve o olhar em Joana, por vezes acenou positivamente com a cabeça, ora inclinava-se um pouco aproximando-se de Joana. Parecia que tudo isso estava contribuindo para que Joana se sentisse mais segura e a fala foi ficando cada vez mais pausada.

A coordenadora então usou as brechas na fala de Joana para, ocasionalmente, perguntar. Eram perguntas curtas, simples, tais como: “e então, o que aconteceu?”; “como foi que Júlio reagiu nesse momento?”; “e no outro dia?”.

O relato de Joana era cheio de idas e vindas, com detalhes, havia um conflito com Júlio que persistia e angustiava Joana. Paula pensou rapidamente em pontos chaves para auxiliar os dois a enfrentarem e resolverem a situação. Então, ao final da conversa, reformulou esses tópicos apresentando-os a Joana. Perguntou se era isso mesmo, se sentia-se atendida com tais aspectos. Combinaram um novo encontro, agora a três, já que convidariam Júlio para a próxima conversa amanhã mesmo.

Joana saiu da sala de Paula sentindo-se confiante e mais aliviada. Estava prestes a solucionar aquele conflito com um colega tão querido.

Elabore uma reflexão sobre essa situação-problema retirando dela três aspectos que mostram se houve a aplicação da escuta ativa. Justifique, usando os três aspectos escolhidos, porque houve ou porque não houve a escuta ativa, por meio de um texto de, no máximo, 30 linhas.

Respostas

respondido por: CarlosLacerda
7

Numa analise preliminar houve sim a escuta ativa, onde num 1º momento e aspecto é demostrado quando a coordenadora Paula optou por agendar uma conversa reservada, e logo no início da conversa quando Joana começou a falar de modo desordenado, Paula manteve o foco, não pedindo para que interrompesse a fala e nem a organizasse, apenas olhando a Joana e transmitindo-lhe segurança, até que a fala de Joana começasse a ficar mais clara e pausada.

Um 2º aspecto que demonstra claramente a escuta ativa é o envio por parte de Paula de sinais corporais a Joana, como o balançar da cabeça positivo, indicando claramente que a estava ouvindo-a com atenção, e por vezes aproximando-se de Joana, transmitindo-lhe sensação de segurança, como se quisesse dizer-lhe: Olha eu estou aqui pra ajuda-la a resolver a situação.

E por final , o 3º aspecto que caracteriza que realmente houve uma escuta ativa, fica demonstrado pelo fato de Paula ter aceitado todas as expressões e sentimentos de Joana quanto a sua insegurança, medo e ansiedade, que, nesta situação os caracterizam como sentimentos negativos para o fluir de um bom dialogo.

Concluo que sim, houve uma escuta ativa, pois  Joana se sentiu mais segura em falar, sendo demostrado por sua fala mais pausada ao decorrer da conversa, e por Paula não ter em nenhum momento demostrado julgamento de valor sobre o que Joana lhe relatava.

Perguntas similares