• Matéria: Português
  • Autor: luiseduardonole512
  • Perguntado 3 anos atrás

1. (Uema 2015) Leia o poema "Quadrilha", de Carlos Drummond de Andrade. QUADRILHA
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história. Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. A tira reescreve o poema "Quadrilha". Nela, é recontada a segunda parte do referido poema. Responda às seguintes questões:
a) No último quadro da tira, como se pode interpretar "(. ) um poema terrivelmente trágico, e que parece de humor", considerando o poema. B) No terceiro quadro: "Raimundo morreu num desastre, depois de beber muito a fim de esquecer Maria, que não lhe amava", ocorre um desvio da norma culta em relação à regência verbal. Reescreva esse período, adequando-o às regras da sintaxe do padrão culto

Respostas

respondido por: joaopedromesquitacru
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a) Embora a afirmativa: “(...) um poema terrivelmente trágico, e que parece de humor” pareça paradoxal, basta parar para pensar que a vida é tragicômica para compreender que o poema retrata os desencontros amorosos tão comuns, só que amarrados e organizados como uma corrente, como se a resignada melancolia do eu lírico transformasse em um cordão elos fragmentados de vida amorosa que não se encontram. O autor da tirinha, por sua vez, brinca com esses desencontros e termina uma "história” começada por um dos poemas mais populares de Drummond. Só que o poema não se basta e o poeta também entra na quadrilha da vida e um de seus mais diletos poemas é ironizado em sua contradição por uma tirinha de jornal. Uma divertida e realista releitura de um conhecido poema de nossa língua.

b) Segundo a norma culta, a oração ficará: Raimundo morreu num desastre, depois de beber muito a fim de esquecer Maria, que não o amava. A necessidade do oblíquo o é pelo fato dele ser complementar a um verbo transitivo direto: amava. Sendo assim, exclui-se a possibilidade do lhe, usado apenas como objeto indireto.

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