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Nascido em Lençóis Paulista, Orígenes Lessa (1903-1986) mudou-se aos quatro anos para São Luís do Maranhão, onde a família permanece até 1912, retornando a São Paulo. Fez estudos de teologia, antes de se mudar para o Rio, onde se torna professor de ginástica e estudante de teatro, atividades que abandona para se entregar ao jornalismo e à literatura. É o autor do clássico o feijão e o sonho, que teve a sua obra mais de cinquenta vezes editadas, e de uma obra infanto-juvenil das mais numerosas e lidas literaturas brasileira.
Em um dos seus contos (As Cores), Orígenes Lessa, narra a história de uma moça jovem (Maria Alice), porém cega. Mesmo assim era capaz de distinguir as cores, inclusive o branco e o preto, às vezes pelo olfato, outras pelo seu tom de voz e algumas pela sua condição social ou econômica. Acreditava que a cor correspondia à classe social.
Para ela a associação das cores com os bens matérias ou não, facilitava para distinguir as cores em seu geral. Quando se machucava, detestava o modo em que as pessoas tratavam-na como um individuo inferior só pelo simples fato de não poder enxergar como a maioria das pessoas.
Porém, no instituto para cegos, conhece um colega culto e educado, por quem se apaixona. Mas sua família a proíbe de namorá-lo e então descobre que ele era um mulato. Mas quando a cor começou a não corresponder à condição econômica descobriu que mesmo mudando o status social, a cor das pessoas continua a prevalecer como algo mais forte.
Neste conto podemos perceber que o preconceito racial era maior do que hoje. Também podemos observar que naquela época a classe social era mais importante para os brancos. Para um conto com uma diversidade de detalhes sobre as cores, em sua maneira geral, a sua compreensão não é complexa, podemos dizer que o português é mais elaborado, o autor também deixa transparecer que a personagem é cega e por isso seria um bom conto a ser passado a diante.