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Naquela época sombria muitas histórias passavam aos ouvidos do povo. Histórias quiméricas, quase inacreditáveis. Porém nem todas eram mentirosas. Havia uma lenda, muito antiga, contada pelos pais e também pelos pais desses pais, cujos ancestrais também já ouvera conhecido tal lenda. A lenda tratava-se de um homem de sangue real, um duque há muito conhecido e bem tratado. Um homem cujo poder não estava apenas na riqueza e nas terras, mas também nalgum tipo de poder sobrenatural. Outrora havia ele estado em uma de suas propriedades na densa floresta que rodeava o reino, e subitamente água rubra começou a escorrer de uma árvore. Curioso, o duque estendeu a mão para tocá-la, e ao fazê-lo, a mão tornou-se em sangue. Sangue de um animal morto, pensou. Mas estava errado. O sol cobria-lhe os olhos, tornando impossível ver o topo da árvore. Decidiu escalar e assim o fez. Ao chegar no topo, encontrou um morcego negro como a noite, que o encarava com olhos vermelhos e sangrentos. Naquele momento, o duque foi tomado por uma vontade incontrolável de beber sangue. Uma sede insaciável. Desde então, ele vive na floresta, cuja localização é desconhecida. Portanto, a qualquer momento, em qualquer floresta, o duque, o vampiro, pode fazer mais uma vítima. Muitos negam este fato, porém houveram muitos desaparecimentos e alguns relatos apontam que trilhas de sangue humano foram encontradas nas florestas da região, onde não se encontra mais vivalma. E o vampiro, de sangue real, nunca fora encontrado. Não se sabe se ele continua a viver ou morreu, ou se um dia já pisou na terra.