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Toda cidade, assim como todo teatro digno de nota, tem seus fantasmas favoritos. No Reino Unido, eles são atrações turísticas tão conhecidas como o Big Ben ou a Torre de Londres. Os escoceses são fãs incondicionais de suas almas penadas. Sejam nobres, como os fantasmas do Castelo de Glamis, que inspiraram o dramaturgo William Shakespeare a escrever a tragédiaMacbeth, ou plebeus que ainda passeiam assombrados pelos becos escuros da Mary King´s Close, um dos lugares mais tenebrosos de Edimburgo, na Escócia. Todos são igualmente reverenciados pelos escoceses porque fizeram parte da história e agora são excelentes fontes geradoras de empregos e renda para o turismo do país.
A ronda da meia-noite
Portas que abrem e fecham sozinhas. Gemidos e gritos. Louras que caminham pelo corredor. Tudo isso pode ser visto ou ouvido pelas noites de São Paulo, dizem os vizinhos de prédios famosos como o Joelma e o Martinelli, um dos cartões postais da cidade. A suspeita é que todos esses fenômenos são causados por espíritos que não conseguiram descanso.
Mas essas lendas têm explicação: “Em geral, histórias fantásticas surgem a partir de algum fato violento. Com o tempo, os relatos se adaptam ao perfil regional de onde se manifestam”, conta Rosana Schwartz, 46 anos, professora de História e de Sociologia da Universidade Mackenzie, SP.