Questão 1
O texto constrói-se a partir de uma oposição entre dois espaços.
Quais são eles?
Questão 2
Uma vez que o texto se constrói a partir de oposições espaciais, sua
segmentação pode basear-se nessas oposições. Levando em conta que o tex•
to fala ora do Santa Fé, ora do Santa Rosa, ora de ambos conjuntamente,
divida o texto em sete partes.
Questão 3
Justifique com palavras do texto a afirmação de que o Santa Rosa é
um espaço dinâmico, que cresce, enquanto o Santa Fé é um espaço estáti•
co, que não aumenta nem diminui.
Questão 4
Pode-se inferir do texto que o Santa Fé é um espaço englobado pelo
espaço do Santa Rosa? Justifique sua resposta.
Questão 5
O Santa Fé e o Santa Rosa são espaços que têm as mesmas caracterís•
ticas de seus proprietários, respectivamente, Lula de Holanda e José Paulino.
Mostre com elementos do texto que Lula de Holanda é um homem
mergulhado em si mesmo, não-empreendedor e decadente (o Santa Fé é
um espaço englobado, estático e decadente) enquanto José Paulino é um ho•
mem expansivo, empreendedor e próspero (o Santa Rosa é um espaço englobante,
dinâmico e próspero).
Questão 6
Releia o terceiro segmento. Dele se pode deduzir que:
(a) numa economia, todos os empreendimentos ou progridem ou ficam es•
tagnados.
(b) numa economia produtiva, não há empreendimentos improdutivos.
(c) numa economia, cada setor tem uma dinâmica própria, mas todos pro•
gridem.
(d) numa economia, coexistem setores prósperos e setores improdutivos.
Questão 7
Embora o narrador considere José Paulino um "senhor feudal", ele
adquire suas propriedades pelo processo da compra, a partir dos lucros que
obtém com a exploração de suas terras. Sua ação de acumular terra remete:
(a) ao processo de constituição de feudos no Nordeste.
(b) ao processo de formação de latifúndios no Nordeste, a partir do capital
acumulado com a exploração da cana e do algodão.
(c) ao processo de modernização da produção açucareira com o advento
das usinas.
(d) ao processo de expulsão dos posseiros nordestinos.
Respostas
Aqui, as respostas das questões mais objetivas. Seu desenvolvimento e o das dissertativas virá depois.
- Para questão 1 - Os dois espaços são o Engenho Sta Fé e o Sta Rosa.
- Para a 4, a resposta é sim.
- Para 6, D.
- Para 7, B.
Menino de Engenho, breve análise de dicotomias.
Na excerto retirado da obra de José Lins do Rego, deu-se ênfase à dicotomia Sta Fé X Sta Rosa.
Na questão dois se explora a extensão de cada um dos domínios, que pode ser dividada nas seguintes 7 partes:
- A primeira parte vai de “as terras “ até “de estrema a estrema”.
- Segunda, “E não contente”- “um ultraje.”
- Terceira, “O Santa Fé”- “do Santa Fé”.
- Quarta “O Santa Rosa" - "encostas.”
- Quinta, “Ele não - os papéis”.
- Sexta “Não se sentiam” - “de menos”.
- Última, de “Coitado do Santa Fé!” até o fim do excerto.
Na questão 3, para justificar a constraste expansão de um e estagnação do outro, podemos usar trechos como “As terras do Santa Rosa andavam”, “perder a vista nos seus domínios”, "rompendo os seus limites” para descrever a movência e dinamicidade de Sta Rosa; enquanto que para Sta Fé, estático, temos “Ele não aumentara um palmo e nem um palmo diminuíra. Os seus marcos de pedra estavam ali nos mesmos lugares de que falavam os papéis.”
Em quatro, a resposta é sim porque desde o início vemos que o Sta Rosa cresceu circundando o Sta Fé, limitando-o territorialmente.
Em cinco, para o par Lula de Holanda X José Paulino, escolheram-se dentre os muitos pontos que poderiam ser citados, os abaixo:
- “O velho José Paulino tinha este gosto: o de perder a vista nos seus domínios. Gostava de descansar os olhos em horizontes que fossem seus.”
- Para Sta Fé (Lula de Holanda), “Ao lado da prosperidade e da riqueza do meu avô, eu vira ruir, até no prestígio de sua autoridade, aquele simpático velhinho que era o coronel Lula de Holanda, com o seu Santa Fé caindo aos pedaços”.
Em 6, d) "numa economia, coexistem setores prósperos e setores improdutivos", porque é que se depreende da comparação entre o próspero Sta Rosa e o decadente Sta Fé.
Em 7, temos que a resposta é b) "ao processo de formação de latifúndios no Nordeste, a partir do capital acumulado com a exploração da cana e do algodão", pois isto é citado no próprio texto, sendo que todas as outras alterantivas não condizem ou com a realidade ou com o excerto, pois nunca houve de fato um sistema exatamente nos moldes feudais no Brasil; a modernização é consequência de b, e não sua causa; e d trata de assunto não citado no excerto.
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