A organização das nações unidas (onu), pelo seu braço onu mulheres, lançou a iniciativa "planeta 50-50 em 2030: um passo decisivo pela igualdade de gênero", de forma a colaborar com o alcance das metas da agenda 2030. Esta iniciativa tem como principal objetivo a eliminação das desigualdades de gênero. Tendo em vista a iniciativa da onu mulheres, bem como o ods 3, especificamente o indicador 3. 7 que se refere ao planejamento reprodutivo, discorra sobre a construção social do conceito de maternidade ao longo da história mundial, relacionando como esta construção afeta a saúde mental e bem-estar da mulher contemporânea. (valor: 30 pontos)
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Em apoio à Agenda 2030, a ONU Mulheres lançou a iniciativa global “Por um planeta 50-50 em 2030: um passo decisivo pela igualdade de gênero”, com compromissos concretos assumidos por mais de 90 países. Construir um Planeta 50-50 depende que todas e todos – mulheres, homens, sociedade civil, governos, empresas, universidades e meios de comunicação – trabalhem de maneira determinada, concreta e sistemática para eliminar as desigualdades de gênero, dentre as ações do Planeta 50-50, salientam-se novas leis e o fortalecimento de direitos conquistados pelas mulheres. Outras ações podem incluir a criação de programas para erradicar a violência contra mulheres e meninas, incentivando a participação das mulheres na tomada de decisão, investir em planos de ação nacionais ou políticas para a igualdade de gênero, criando campanhas de educação pública para promover a igualdade de gênero onde á de se ressaltar que as lutas, avanços, retrocessos e desafios enfrentados pelas mulheres devem ser singularizados ao se lançar uma perspectiva analítica sobre povos e comunidades tradicionais. As mulheres historicamente vêm contribuindo de maneira significativa para o progresso da humanidade, sua presença se dá em todos os setores de atividades produtivas, porém nos quesitos respeito e reconhecimento ainda existe um déficit social.
A decisão de engravidar para uma mulher que vive do esporte não é fácil. O tema ainda é um tabu muito grande dentro da área, uma vez que atletas de alto rendimento lidam com a performance o tempo todo. Apesar de iniciativas recentes por parte de entidades esportivas que protegem à licença maternidade, muitos lugares ainda desrespeitam o simples direito de uma atleta manifestar o desejo de ter um filho, não basta imaginar as regras nacionais e internacionais de proteção à maternidade e pensar na sua aplicação automática aos contratos entre clubes e atletas. Muitos clubes, principalmente no basquete, tem o costume de incluir cláusulas que impedem a atleta de engravidar durante a vigência do contrato, nunca é demais lembrar que mulheres foram privadas do direito ao esporte por serem consideradas frágeis. Se hoje elas frequentam e dominam pistas, campos, quadras, tatames e piscinas é porque algumas lutaram para que muitas pudessem demonstrar publicamente suas habilidades. Passados mais de 100 anos persiste o preconceito, porém, encoberto por novos argumentos. "A proteção da licença maternidade vem ganhando forma também dentro do mundo do esporte, como com as determinações da FIFA e da Confederação Brasileira de Handebol. Cada dia que passa à mulher esportista é garantida possibilidade de engravidar sem que isso seja um transtorno para a carreira profissional e esportiva", avalia Higor Maffei Bellini, advogado especialista em direito desportivo, a Fifa pretende impor aos seus 211 países-membros que permitam que mulheres joguem futebol e tenham uma família ao mesmo tempo. A licença-maternidade passará a valer no próximo ano e os clubes ficarão proibidos de demitir as jogadoras grávidas. Das 14 semanas estabelecidas pela licença, oito serão após o nascimento É um marco de muita representatividade feminina.
Em entrevista com a atleta de peteca Carla Priscilla de Uberaba MG, disse que a decisão de engravidar enquanto disputava competições foi muito difícil , pois o esporte também é sua fonte de renda, e largar tudo para encarar a gestação não foi nada fácil, apesar do tempo afastado longe das quadras seu esposo e ela se adaptaram e hoje os dois tem 2 filhos, ela voltou a competir e disse que a volta foi muito dolorosa fisicamente e mentalmente, mas conseguiu voltar a forma física aliando o esporte e a maternidade.