• Matéria: História
  • Autor: art0103
  • Perguntado 3 anos atrás

10. (ULBRA-Adaptada) Os dois conjuntos de versos se referem ao
processo que culminou com a antecipação da maioridade de
dom Pedro II em 1840 e permitem vislumbrar as preocupações
na transição para o Segundo Império. Analise os versos e as
seguintes afirmativas sobre eles.
I. A ideia de a nação dispensar a lei encobria a ilegalidade de
alçar ao trono um nobre com 14 anos de idade, assim como
encerrar o periodo denominado como Regencial.
II. Grafar Pedro no diminutivo induz ao pensamento de que
o momento correto para a coroação do imperador deveria
respeitar o periodo de amadurecimento estabelecido pelo
projeto das Regências.
Queremos Pedro II,
Ainda que não tenha idade
A nação dispensa a lei.
Viva a Maioridade!
a) Somente a l.
b) le II.
c) I e III.
d) II e III.
e) I, II e III.
Por subir Pedrinho ao trono,
Não fique o povo contente;
Não pode ser coisa boa
Servindo com a mesma gente.
III. Nos dois últimos versos da segunda estrofe, a discussão é posta no sentido de que existe um
grupo interessado na subida ao trono e que interesses politicos e econômicos especificos
podem não satisfazer a nação como um todo.
Está(ão) correta(s):
d

Respostas

respondido por: RayanaSE
3

Sobre a antecipação da maioridade de D. Pedro II, a Constituição de 1824 não a permitia (apenas aos 21 anos), entretanto, esta manobra possibilitou uma estabilidade política do Império.

Resposta: estão corretas o itens I, II e III.

Declaração da Maioridade

Em 23 de julho de 1840, por iniciativa do Partido Liberal, D. Pedro II proclama a sua maioridade antes de completar 15 anos, também conhecida como Golpe da Maioridade — entretanto, esta nomenclatura não é consenso entre historiadores, já que era um clamor popular, da imprensa e foi aprovado pelo Congresso do Império, inclusive com apoio de políticos conservadores.

Neste período regencial (entre 1831 e 1840), a jovem nação brasileira vivia diversas instabilidades políticas, por conta de uma tentativa de descentralização do poder para as províncias, o que resultou em revoltas e crises no Império. Desta forma, para não poder a unificação territorial e política, a Declaração da Maioridade serviria como uma união da nação, que possuía grande apoio popular.

Embora a Regência tentasse ganhar tempo, deputados formaram um comitê para pedir ao próprio Imperador que concordasse em assumir. Tendo aceitado, ele presta um juramento à Assembleia Geral em 23 de julho de 1840, com a coroação do novo imperador ocorrendo no dia 18 de julho de 1841, no Rio de Janeiro.

Esta antecipação é considerada uma inteligente manobra política no Brasil, diminuindo o pensamento separatista das províncias e desenvolvendo uma esperada estabilidade política.

Complementando a questão:

Queremos Pedro II,

Ainda que não tenha idade

A nação dispensa a lei.

Viva a Maioridade!  

Por subir Pedrinho ao trono,

Não fique o povo contente;

Não pode ser coisa boa

Servindo com a mesma gente.

Os dois versos se referem ao processo que culminou com a antecipação da maioridade de D. Pedro II em 1840 e permitem vislumbrar as preocupações na transição para o Segundo Império.

I. A ideia de a nação dispensar a lei encobria a ilegalidade de alçar ao trono um nobre com 14 anos de idade, assim como encerrar o período denominado como Regencial.

II. Grafar Pedro no diminutivo induz ao pensamento de que o momento correto para a coroação do Imperador deveria respeitar o período de amadurecimento estabelecido pelo projeto das Regências.

III. Nos dois últimos versos da segunda estrofe, a discussão é posta no sentido de que existe um grupo interessado na subida ao trono e que interesses políticos e econômicos específicos podem não satisfazer a nação como um todo.

Para mais informações sobre a antecipação da maioridade de D. Pedro II, acesse:

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#SPJ1

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