Respostas
Resposta:O período das grandes navegações pode ser definido pelo período entre os séculos XV e XVI.
Explicação:
Marcado pela unificação de Portugal com o primeiro Estado Nacional moderno, a pequena nação ibérica encontrou na expansão marítima a saída para sua difícil situação estratégica dentro do continente europeu. Espremido entre a Espanha (Castela) e o oceano Atlântico e não tendo para onde se expandir após a tomada do sul da península pelos reinos de Aragão e Castela, Portugal inicia sua expansão para o norte da África e para as ilhas da Madeira e poeriormente Açores. A primeira necessidade de Portugal era alcançar novos mercados e locais para a extração e exploração de produtos comercializáveis na Europa. Após uma série de conflitos nos quais a nação portuguesa conseguiu firmar sua independência contra a ascendente Coroa castelhana, a busca por riquezas que permitissem a sustentação da estrutura social e política de Portugal era a grande prioridade do país. O financiamento de uma série de expedições privadas e outras financiadas diretamente pela Coroa lusitana teve início fundamentalmente sob o reino de Dom Henrique o navegador que foi o criador da chamada Escola de Sagres (que representa mais um modo de pensar, não sendo uma escola enquanto lugar propriamente dito). Apesar deste jamais haver participado de qualquer uma destas expedições, seu apoio e a restruturação do aparato administrativo para que se voltasse à busca por recursos além mar possibilitou a importação de técnicas e tecnologias antigas e novas, mas distantes, como por exemplo a bússola, o astrolábio, a vela latina, que tornaram Portugal uma potência tecnológica e pioneiro na exploração dos quatro cantos do globo. Portugal estabelecerá uma série de feitorias, que nada mais eram do que postos avançados para possibilitar sua expansão, por toda a costa oeste da África até que em 1497 Vasco da Gama cruza o Cabo das Tormentas (que passa a se chamar Cabo da Boa Esperança) e estabelece relações comerciais e diplomáticas com povos do oceano Índico e além. Os portugueses são os responsáveis por levar armas de fogo modernas e exércitos até o extremo oriente e estabelecer missões e relações comerciais com Japão, China, Índia, dentre outros.
Se Portugal foi o primeiro Estado Nacional Moderno apto a realizar tamanha expansão, Castela e Aragão, agora com suas Coroas reunidas sob o casamento de Isabela e Fernão, foi o segundo. Após algumas tentativas de estabelecimento no norte da África e da disputa das Ilhas Canárias com Portugal, a jovem nação hispânica iniciou pesados investimentos a fim de buscar novos mercados e novas regiões para extração e cultivo de matérias comercializáveis e lucrativas para o mercado europeu. No mesmo ano (1492) em que as Coroas combinadas de Castela e Aragão expulsaram o último enclave mouro da região da Andalusia, no sul da península, Critóvão Colombo que havia tido seu patrocínio negado por Portugal mas aceito por Castela e Aragão, chega à ilha de Santo Domingo, atual região da República Dominicana e, inicia o sangrento período da conquista das Américas, quando foram realizados inúmeros genocídios dos povos originários do continente.
Apenas doze anos depois Portugal clama a região que viria a ser parte do nordeste do Brasil para si e as duas nações iniciam um movimento que culminará na colonização das Américas em quase sua totalidade.
A rigor, haveria muitas terras ainda a serem exploradas pelas futuras metrópoles europeias, que escravizariam as populações nativas e iriam explorar seus recursos e sua gente de modo brutal e sanguinário. Um exemplo é a Oceania, que seria alcançada pela primeira vez por uma potência europeia moderna (Inglaterra) apenas em 1770, todavia podemos considerar que o período das grandes navegações abarca essencialmente os movimentos exploratórios realizar dos Portugal e Espanha (que na verdade eram os reinos combinados de Castela e Aragão) e que culminaria na chegada às Índias por Portugal e na invasão das Américas pelas duas nações ibéricas.