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Texto II
A reforma agrária tem por objetivo proporcionar a redistribuição das propriedades rurais, ou seja, efetuar a distribuição da terra para a realização de sua função social. Esse processo é realizado pelo Estado, que compra ou desapropria terras de grandes latifundiários (proprietários de grandes extensões de terra, cuja maior parte aproveitável não é utilizada) e distribui lotes de terras para famílias camponesas. Conforme o Estatuto da Terra, criado em 1964, o Estado tem a obrigação de garantir o direito ao acesso à terra para quem nela vive e trabalha. No entanto, esse estatuto não é posto em prática, visto que várias famílias camponesas são expulsas do campo, tendo suas propriedades adquiridas por grandes latifundiários. (...)
A realização da reforma agrária no Brasil é lenta e enfrenta várias barreiras - entre elas podemos destacar a resistência dos grandes proprietários rurais (latifundiários), dificuldades jurídicas, além do elevado custo de manutenção das famílias assentadas, pois essas famílias que recebem lotes de terras da reforma agrária necessitam de financiamentos com juros baixos para a compra de adubos, sementes e máquinas; os assentamentos necessitam de infraestrutura, entre outros aspectos. Porém, é de extrema importância a realização da reforma agrária no país, proporcionando terra para a população trabalhar, aumentando a produção agrícola, a redução das desigualdades sociais, a democratização da estrutura fundiária, etc. (...)
Conforme dados do INCRA, o Brasil já destinou mais de 80 milhões de hectares para fins da reforma agrária, realizando o assentamento de, aproximadamente, 920 mil pessoas.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco. Disponível em: http://brasilescola.uol.cologia/reforma-agraria.htm
Texto III
Por que contra a reforma agrária?
Porque aquilo que o MST defende é o passado. Fixar o homem no campo é um atraso, pois hoje a economia do Brasil se encontra focada no setor de serviços e na indústria, onde existem os melhores empregos. O correto seria o governo ensinar uma profissão a todos esses manifestantes e dar-lhes uma moradia nas cidades. Apenas dessa forma, o manifestante poderia ter uma vida decente.
Para quem não sabe, a esmagadora maioria das oportunidades de trabalho e crescimento agora estão nas cidades. Além do mais, acreditar que todo homem merece seu pedaço de chão é um delírio - imagine se isso fosse aplicado no Japão. O que daria pra fazer com um cubículo de terra fértil a que cada japonês teria "direito"?
Por que contra?
Porque o MST é um movimento que tem um fim impossível e sua existência apenas impede a solução do problema. Desde sua criação, participantes do MST já receberam do governo mais de 22 milhões de hectares de terra, o equivalente a cinco vezes a extensão da Dinamarca. Mesmo assim, o movimento não termina, nem dá sinais de que vai terminar. Muitas pessoas que recebem terras do governo não têm como produzir, nem viabilizar o plantio. Logo, muitos desses recebedores de terras acabam vendendo suas terras para outros e voltando a ser sem-terra. Atualmente a competitividade e a complexidade do mercado agrícola dificultam a atuação do pequeno produtor, que depende do governo para conseguir produzir.