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ícone musical nordestino, Luiz Gonzaga, retrata bem a dificuldade daqueles que vivem no Semiárido: “Quando olhei a terra ardendo. Qual fogueira de São João. Eu perguntei a Deus do céu, ai. Por que tamanha judiação. (…) Que braseiro, que fornalha. Nem um pé de plantação. Por falta d’água perdi meu gado.
Morreu de sede meu alazão”. Essa é a realidade que muitos catingueiros aprenderam a conviver. Muitos já desistiram, buscando oportunidades em outros estados brasileiros, inclusive em movimentos massivos de êxodo rural. Porém, os que ficam na esperança de dias melhores, mesmo com os desafios, os enfrentam de maneira bastante criativa, utilizando tecnologias inovadoras para a convivência com essa terra que arde.
Para além de condições naturais adversas, há um histórico de práticas que agravaram a degradação desse bioma. Foram anos de exploração de madeira (para produção de gesso, olarias, carvoarias etc.), desmatamentos, queimadas, pastoreio excessivo de gado, práticas agrícolas inadequadas, como monoculturas e uso de agrotóxicos e adubos químicos, e outras tantas ações que contribuíram para a deterioração da Caatinga, e que tem ocasionado sua desertificação¹, empobrecimento do solo, redução da biodiversidade e, consequentemente, piora na qualidade de vida da população.
O principal agravante da desertificação é a degradação da vegetação nativa. Nesse sentido, os dados são alarmantes, uma vez que quase 46% da Caatinga foi desmatada até 2008². Somente o estado de Alagoas já contabiliza 82% de área nativa desmatada. Essas altas porcentagens chamam a atenção, fazendo do desmatamento uma das principais ameaças ao bioma. Diferentemente do Cerrado e da Amazônia, na Caatinga a agropecuária não é a principal causa desses dados, mas sim o consumo de lenha e carvão vegetal para fins energéticos, principalmente de madeira oriunda do desmatamento ilegal. Segundo estudo feito na Paraíba em 2012, 56% da demanda de lenha industrial/comercial era atendida com oferta de madeira proveniente de desmatamentos ilegais³.
Embora não seja o principal vetor do desmatamento, a agropecuária⁴ também representa grave ameaça à integridade do bioma, ao mesmo tempo que constitui importante base da economia da região. Desde o início das ocupações da Caatinga, foram adotadas práticas agrícolas que contribuíram para acelerar sua degradação, como: a supressão da vegetação nativa, uso indiscriminado do fogo, uso de insumos químicos, plantios em margens de rios e açudes e pastoreio excessivo. A contínua retirada de produtos florestais, sem reposição de nutrientes, diminui a fertilidade do solo e intensifica a degradação do
Explicação:
- é só resumir