Inicialmente, a escola seria apenas um ambiente em que as disposições típicas de classe começam a contribuir para hierarquizar os indivíduos, afetando o seu desempenho. Trazendo para a escola as características psicológicas que expressam adaptação às suas condições de classe, como "atitude resignada com relação ao fracasso" e "baixa auto-estima", as grandes massas tendem ao desempenho mais fraco e a ter expectativas profissionais mais baixas, o que significa apenas uma "avaliação inconsciente das probabilidades objetivas de sucesso". É a força determinante do habitus de classe fazendo com que os membros das classes inferiores se "auto-releguem" ao desempenho sofrível e a baixas expectativas profissionais. (SILVA, 1995, p. 29). SILVA, Gilda Olinto do Vale. Capital cultural, gênero e classe em Bourdieu. In: INFORMARE - Cadernos do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação. Volume 1, n. º 2, 1995. Disponível em httpridi. Ibict. Br/bitstream/123456789/215/1/OlintoSilvaINFORMAREv1n2. Pdf. Acesso em 15 de fevereiro de 2017. Leia atentamente o trecho acima e, a partir de seus conhecimentos de Bourdieu, assinale a alternativa correta. Selecione uma alternativa: a) Para Bourdieu, o aluno que chega à escola destituído de capital cultural tem mais chance de fracasso escolar. B) Para Bourdieu, a escola busca superar a hierarquização de indivíduos. C) Para esse pensador, a escola é contra a adaptação. D) Bourdieu aponta a escola como instituição que pode contribuir para manter o status quo e, por isso, propõe que os alunos mudem os habitus. E) Bourdieu demonstra como as pessoas pobres têm baixa expectativa e, por isso, não conseguem capital cultural
Respostas
Para Bourdieu, o aluno que chega à escola destituído de capital cultural tem mais chance de fracasso escolar (A).
O que nos diz Boudieu?
Bourdieu, ao analisar a sociedade, retoma a ideia de habitus do vocabulário aristotélico e afirma que todos possuem habitus. Habitus é um processo que o agente passa e o faz adquirir bagagem à medida que se encontra atuando na sociedade.
O agente ganha capitais, isto é, riquezas que vão além das econômicas e que é manifestação na sociedade. São eles: capital econômico (dinheiro, bens), capital cultural (conhecimento e competências), capital social (relações humanas) e capital simbólico (prestígio social).
A escola ajuda nesse processo de falsa identidade ao cultivar conhecimentos que não são úteis aos alunos e a se curvar a saberes impostos pela sociedade, ratificando a discriminação e o processo avaliativo individualizador.
Saiba mais em sobre Bourdieu em: brainly.com.br/tarefa/18078054
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