é Pode-se ligar essa hipótese àquilo que já foi propos- to, em termos semelhantes, por Mikhail Bakhtin, e que possível resumir no termo "circularidade": entre a cultura das classes dominantes e a das classes subalternas exis- tiu, na Europa pré-industrial, um relacionamento circu- lar feito de influências recíprocas, que se movia de baixo para cima, bem como de cima baixo. para GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes: o cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido pela Inquisição. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. p. 12-13. No livro O queijo e os vermes, o historiador Carlo Ginzburg se debruça sobre as trocas e os diálogos culturais entre as classes subalternas e as classes dominantes da Europa moderna e seus desdobramentos. No Brasil, durante o governo JK, o encontro cultural entre as classes também teve desdobramentos. Analise a Bossa Nova à luz do conceito de encontros culturais apresentado na citação acima.
Respostas
Os encontros culturais podem ser sentidos na Bossa Nova, pois este estilo musical exibe a união do samba — de origem e consumo predominantemente das classes baixas e da periferia brasileira — com o cool jazz americano (tipo de jazz melancólico e lento, que possui origem das comunidades negras norte-americanas), aliado ao desenvolvimento do gênero musical pela classe média carioca, que a partir de 1950 produz o embrião do gênero musical da Bossa Nova.
Bossa Nova
Foi um movimento relacionado ao desenvolvimento urbano no Brasil impulsionado pela fase desenvolvimentista da presidência de Juscelino Kubitschek (1955-1960).
Bossa nova é o termo para o movimento de transformação do samba que irradiou da Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro no final da década de 1950 e, assim, passou a nomear um estilo de execução musical e um acompanhamento rítmico diferenciado.
Para mais informações sobre a Bossa Nova, acesse:
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