• Matéria: Artes
  • Autor: laizastefany2008
  • Perguntado 3 anos atrás

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respondido por: anaclaraschlichting
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Triste Fim de Policarpo Quaresma: análise, contexto histórico e mais

Daniela Diana Daniela Diana  Professora licenciada em Letras

O Triste fim de Policarpo Quaresma é uma obra do escritor pré-modernista Lima Barreto (1881-1922). Trata-se de um dos maiores clássicos da literatura brasileira do período.

Dividida em três partes, ela foi publicada em 1911 nos folhetins do Jornal do Commercio. A obra integral foi publicada em livro em 1915.

Lima Barreto

Afonso Henriques de Lima Barreto (1881-1922) teve a maioria de suas obras publicadas após a sua morte

Personagens da obra Triste fim de Policarpo Quaresma

Policarpo Quaresma: funcionário público e protagonista da obra. É um exímio patriota, erudito e apaixonado por livros.

Ricardo Coração dos Outros: professor de violão de Quaresma.

Olga: afilhada de Policarpo.

Vicente Coleoni: pai de Olga.

Amando Borges: marido de Olga.

Adelaide: irmã de Quaresma que morava com ele.

Anastácio: caseiro de Quaresma.

Mané Candeeiro: empregado do sítio de Quaresma.

Felizardo: empregado do sítio de Quaresma.

Sinhá Chica: esposa de Felizardo.

Tenente Antonino Dutra: escrivão e funcionário da prefeitura de Curuzu.

Doutor Campos: presidente da Câmara de Curuzu.

General Albernaz: vizinho de Quaresma.

Dona Maricota: esposa do general Albernaz.

Lulu: aluno do Colégio Militar e filho do general.

Ismênia: filha mais velha do general Albernaz e de Dona Maricota. Também é noiva de Cavalcanti.

Cavalcanti: estudante de odontologia e noivo de Ismênia.

Quinota: filha do general Albernaz e de Dona Maricota. É esposa de Genelício.

Genelício: escriturário do Ministério da Fazenda e noivo de Quinota.

Zizi: filha do general Albernaz e de Dona Maricota

Lalá: noiva do tenente Fontes, filha do general Albernaz e de Dona Maricota.

Tenente Fontes: artilheiro e noivo de Lalá.

Vivi: filha do general Albernaz e de Dona Maricota.

Contra-almirante Caldas: amigo do general Albernaz.

Doutor Florêncio: engenheiro e amigo do general Albernaz.

Senhor Bastos: contador e amigo do general Albernaz.

Capitão de bombeiros Segismundo: amigo do general Albernaz.

Marechal Floriano: governante do país. Foi presidente do Brasil de 1891 a 1894.

Veja também: Pré-Modernismo

Resumo da obra Triste fim de Policarpo Quaresma

O romance fala de Policarpo Quaresma, um funcionário público que pretende valorizar a cultura do país.

A história inicia em fins do século XIX, e tem como espaço a cidade do Rio de Janeiro, onde Quaresma é o subsecretário do ministro de guerra.

Uma de suas ações é propor ao ministro o reconhecimento da língua tupi como língua nacional. Policarpo tem uma postura nacionalista forte e, segundo ele, os índios são os verdadeiros brasileiros.

Após esse evento, Quaresma é tido como louco e permanece um tempo internado. Durante esse período, Olga, o compadre de Quaresma e o professor de violão, Ricardo Coração dos Outros, que acreditam em suas ideias, são os únicos a visitá-lo.

Após sair do hospital psiquiátrico, ele resolve se afastar da sociedade e passa a viver em um sítio. O local, situado na cidade interiorana de Curuzu, ficou conhecido como “Sítio do Sossego”.

Ainda que sua proposta inicial estivesse associada ao cultivo e à dedicação à agricultura, com o tempo Quaresma começa a se aproximar de algumas pessoas.

A partir daí, ele se envolve com diversos políticos locais. Durante a Revolta da Armada, vai ao Rio de Janeiro com o intuito de apoiar o governo do Marechal Floriano, que estava sendo enfrentado pela marinha do país. No entanto, acaba sendo preso.

Desiludido com a falta de patriotismo do povo, Quaresma encontra na figura do presidente um totalitário e cruel ditador.

Acusado de traição pelo Marechal Floriano, além de preso é condenado ao fuzilamento.

Confira a obra na íntegra, fazendo o download do PDF aqui: Triste fim de Policarpo Quaresma.

Análise da obra Triste fim de Policarpo Quaresma

Inserida nos primeiros anos da república no país, a obra faz uma análise da sociedade brasileira da época. A maior crítica recai sobre o universo da política.

Em um tom profético, Barreto aborda questões como as injustiças sociais, o clientelismo, a burocracia e os interesses pessoais e políticos, dentre outros.

Por meio do nacionalismo exacerbado e da postura ingênua e idealista do protagonista, o escritor traz à tona questões de denúncia social.

Em algumas passagens, é possível identificar o tom irônico e cômico utilizado como recurso estilístico. Floriano Peixoto é um personagem real da história do país, sendo uma figura que oferece maior veracidade aos fatos apresentados.

Além disso, algumas guerras, que de fato aconteceram, também são mencionadas. Podem ser citadas como exemplo: a Revolta da Armada, a Guerra do Paraguai e a Revolução Federalista.

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