Respostas
As mulheres paraguaias na guerra entre a Tríplice Aliança e Paraguai: A flexibilização das fronteiras de gênero (1868-1870), p. 1198. acusadas de traição contra López e o país. Eram tratadas como prisioneiras, e realizavam os trabalhos mais pesados necessários à manutenção do exército paraguaio.
Resposta:
Objetivou-se com essa pesquisa analisar algumas obras, teses acadêmicas e a imprensa
que ao abordar o tema pincelam as mulheres como partícipes da Guerra do Paraguai contra a
Tríplice Aliança. As mulheres, quase sempre, são excluídas da “História Oficial”, a qual se
encarregou em legitimar os heróis nacionais, homens e brancos. Assim, abordaremos como
ocorreu o processo de envolvimento das mulheres na Guerra e como foi tratada pelos países
essa participação feminina.
Para Flores (2010, p. 23), como em todas as guerras a mulher é parte fraca. Para o
homem a glória, para a mulher sempre restou à desconfiança, o medo, desconforto, estupros,
trabalhos pesados, fome e privações em todos os sentidos. E para aquelas mulheres
sobreviventes ainda restaria o duro fardo da reconstrução do país pós - guerra.
A Guerra do Paraguai eclodida em 1864 só teve o seu término em março de 1870. Foi
o conflito externo latino-americano de maior repercussão para os países envolvidos, tanto pela
mobilização e perdas humanas, quanto em seu caráter político e financeiro. O enfrentamento
entre a Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) e o Paraguai tornou-se verdadeiro
divisor na história desses países.
No Brasil, D. Pedro II, em janeiro de 1865, criou o serviço de Voluntários da Pátria1
com o objetivo de despertar o sentimento patriótico das pessoas na defesa.