j. Borges
em sua arte, parece predominar imagens do cordel de informação (nos quais circulam notícias, fatos) ou do cor del de ficção, com histórias inventadas?
Respostas
Resposta:
sim
Explicação:
cilei do google
Explicação:
José Francisco Borges . Artista popular, xilogravador e poeta. Filho de agricultores, frequenta a escola aos 12 anos, apenas por dez meses. Realiza diversas atividades: é marceneiro, mascate, pintor de parede, oleiro etc. Em 1956, compra um lote de folhetos de cordel e começa a atuar como vendedor em feiras populares. Em 1964, escreve seu primeiro folheto, O Encontro de Dois Vaqueiros no Sertão de Petrolina, que é ilustrado pelo artista Dila (1937), de Caruaru, e publicado pelo folheteiro Antonio Ferreira da Silva, que acompanhava J. Borges nas feiras do interior.
O folheto é um sucesso e vende cinco mil exemplares em apenas dois meses. Na segunda publicação, O Verdadeiro Aviso de Frei Damião sobre os Castigos que Vêm, J. Borges não encontra um clichê1 para a ilustração da capa do folheto e, por economia, produz sua primeira xilogravura, inspirada na fachada da igreja de Bezerros. Com esse trabalho, tem início sua carreira como xilogravador. Em pouco tempo, ele adquire máquinas tipográficas e passa a editar folhetos.
A partir de 1970, começa a receber diversas encomendas de gravuras, o que fortalece sua obra e estimula a autonomia de suas gravuras em relação ao cordel. J. Borges continua escrevendo e produzindo cordéis por vinte anos e cria a gráfica Casa de Cultura Serra Negra, em Bezerros, na qual ensina o ofício a seus filhos. A xilogravura lhe dá projeção nacional e internacional: ele ilustra livros, como o Palavras Andantes, do escritor uruguaio Eduardo Galeano (1940-2015), lançado pela LP&M, em 1993; participa de diversas exposições; e ministra oficinas e workshops sobre cordel e xilogravura. A partir da década de 1980, seu trabalho recebe prêmios que atestam a importância de sua contribuição como artista popular. Entre eles, o prêmio de gravura Manoel Mendive, na 5ª Bienal Internacional Salvador Valero Trujillo, Venezuela, em 1995; medalha de honra ao mérito da Fundação Joaquim Nabuco, Recife, em 1990; medalha de honra ao mérito cultural, do Palácio do Planalto, Brasília, em 1999; e o Prêmio Unesco, em 2000. Em 2006, J. Borges passa a receber bolsa vitalícia concedida com a Lei do Registro do Patrimônio Vivo2 e é criado o Memorial J. Borges, em Bezerros, que assume as funções de ateliê, oficina e galeria.