• Matéria: Português
  • Autor: kayllarb
  • Perguntado 3 anos atrás

Alguém poderia me ajudar PRFVR??? Em uma pequena produção de texto sobre: ESCRAVIDÃO HOJE. Mínimo 10 linhas? ​

Respostas

respondido por: ProfessorELEILÇON
0

Resposta:

13 DE MAIO DE 1888.

LIVRES! LIVRES!!

FINALMENTE LIVRES!!!

Será mesmo?

"De repente ser livre até me assusta."

"O que é que eu vou fazer com essa tal liberdade"?

- Onde trabalhar?

- Onde estudar?

- Onde morar?

Qual era o Brasil daquele 13 de maio?

Havia uma infraestrutura para absorver e amparar a recém liberta mão-de-obra?

Um país, à época, eminentemente agrícola e meramente exportador de matéria prima e produtos sem qualquer valor agregado; extremamente latifundiário com suas grandes propriedades em mãos e sob o domínio de senhores ainda feudais; um país ainda sob o jugo sócio-cultural de ingleses e de franceses. Um Império mal nutrido, embora bem administrado no quesito das artes e da cultura pelo então Imperador Pedro II - um homem culto e dedicado ao processo cultural de sua pátria mãe, todavia, visando basicamente a intelectualidade da Capital, até então única metrópole do Segundo Império. A cultura nunca se interiorizou. Neste campo, sobrevivia-se de uns poucos colégios fundados, dirigidos e mantidos por jesuítas e outras entidades religiosas. O privilégio de estudar era para uma pequena elite, onde se cultivava e incentivava-se usos, hábitos e costumes europeus, menosprezando-se a cultura, a língua e o folclore nativos. Uma sociedade viciada que falava francês e vivia às expensas e sob o domínio da Capital.

Os escravos, agora totalmente alforriados, viram-se livremente perdidos em um Novo Mundo, para eles ainda desconhecido. Sem cultura alguma e sem qualquer ofício, a maioria optou por permanecer nas propriedades que antes os escravizavam, em troca de um teto e alguns pratos de comida para si e para seus familiares.

Livraram-se apenas da chibata, pois, as condições de moradia e a alimentação não mudaram, apenas minoraram os castigos físicos, pois estes continuaram a existir nas propriedades mais interiorizadas, longe dos olhos da Grande Sociedade.

Não havia escolas para seus filhos; não havia um parque industrial digno e capaz de gerar empregos e absorver aquela mão-de-obra, agora alforreada e, portanto, a ser remunerada. Não havia onde morar para aqueles que acreditaram na tal liberdade.

Como um axioma, a solução foi subir o morro, não mais para a criação de quilombos, mas para construção de toscos barracos de pindoba e estuque, sem qualquer trato higiênico-sanitário: dera-se início a todo um processo de favelização que, infelizmente, perdura até os nossos dias, neste país hoje Republicano.

Bem antes daquele 13 de maio, a República já dava seus primeiros vagidos e já clamava-se pelo fim do Império. A Família Real praticamente refugiara-se na Cidade Imperial de Petrópolis, na região serrana fluminense, enquanto o Imperador agonizava em Portugal.

Dava-se a agonia lenta do Segundo Império!

Após várias tentativas de acabar-se com a escravidão no nosso território, inicialmente proibindo-se a "importação" de escravos, em seguida, com a promulgação da Lei do Ventre Livre, segundo a qual eram considerados livres todos os filhos de escravas nascidos no Brasil a partir de então. Seguiu-se a Lei dos Sexagenários, alforriando todos os escravos a partir de sessenta anos de idade.

Finalmente, mais por pressões externas, em especial da Inglaterra, que via no Brasil um grande potencial de consumo para suas exportações, em virtude da até então recente Revolução Industrial, a Princesa Isabel, à frente do Império na ocasião, promulgou a Lei Áurea, acabando com o regime escravagista no país, de forma simbolicamente oficial.

Cabe a pergunta, colocada sabiamente por um pagode recente: "O QUE É QUE EU VOU FAZER COM ESSA TAL LIBERDADE?"

O Brasil foi efetivamente descoberto em 15 de novembro de 1889, com a Proclamação da República, pelo Marechal Manoel Deodoro da Fonseca, seu primeiro presidente. Terminava ali o ciclo do descobrimento de PINDORAMA, que tivera seu início em 22 de abril de 1500, protagonizado por Pedro Álvares Cabral.

Professor Eleilçon

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