Juan Perez é um empresário brasileiro cuja origem familiar remonta ao sul da Espanha, na bela região da Andaluzia. Seus pais vieram jovens para o Brasil e abriram uma indústria produtora de óleos e azeites. A família Perez prosperou em terras brasileiras e, aos 30 anos, Juan assumia os negócios do pai, ditando um ritmo ainda mais empreendedor. Numa "volta ao passado", Juan Perez aproveitou os contatos familiares na Espanha e resolveu internacionalizar os negócios, abrindo uma fábrica de azeites selecionados naquele país, nos arredores da cidade de Sevilha. Com muito entusiasmo e um plano de negócios nas mãos, Juan contratou empregados, nomeou gerentes e iniciou as atividades. Não tinha como dar errado. Contudo, Juan esbarrou num aspecto que não conseguia dimensionar: os trabalhadores espanhóis tinham costumes bem diferentes dos trabalhadores brasileiros. Enquanto no Brasil os operários acordavam muito cedo e iniciavam a produção às 7 horas, na Espanha nada acontecia antes das 9 horas. Até mesmo as padarias abriam após as 9 horas! Além disso, após o almoço, era natural fazer a "siesta", um cochilo demorado que as pessoas davam para descansar. Na região, sempre muito quente, também era comum o consumo de álcool durante a noite, e as pessoas dormiam tarde, fazendo esse ciclo repetir-se diariamente. Juan Perez não sabia mais o que fazer: aquele ritmo de produção não condizia com a forma como ele entendia as obrigações empresariais; ele via seus funcionários como preguiçosos. Isso desgastava a relação entre direção e subordinados. Com base na situação acima, o que você sugere a Juan?
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Explicação:
É impensável para um trabalhador do sul da Espanha pegar um transporte público por volta das 5h30min da manhã e iniciar a jornada de trabalho às 7 horas, como ocorre em muitas cidades brasileiras. Eles têm outra forma de encarar a vida, a família, a diversão e o trabalho. Os choques culturais são comuns em casos como esses. Caso Juan tente forçar demasiadamente seus trabalhadores a se adaptarem à cultura brasileira, os problemas podem se intensificar e comprometer os negócios. O melhor, nesse caso, seria pensar em soluções bem negociadas, com benefícios mútuos e respeito à cultura local. Talvez períodos de intensificação da produção intercalados com períodos de menor intensidade. Além disso, a seleção de trabalhadores também deveria ser rigorosa, visando a evitar pessoas com valores muito diferentes daqueles preconizados pela direção da empresa.