Respostas
Uma das atividades destinadas unicamente à exportação presente no Brasil colonial está representada em: “Tu não verás, Marília, cem cativos Tirarem o cascalho e a rica terra, Ou dos cercos dos rios caudalosos, Ou da minada Serra. Não verás separar ao hábil negro Do pesado esmeril a grossa areia, E já brilharem os granetes de ouro No fundo da bateia. ” (alternativa c)
A exploração do ouro no Brasil
Uma das atividades econômicas de maior lucratividade para a Coroa portuguesa foi a exploração do ouro destinada para a exportação para a metrópole portuguesa.
O ouro foi descoberto no Brasil no final do século XVII e foi um dos grandes responsáveis por alterar a ocupação do Brasil, que incialmente havia se concentrado no litoral. O ouro explorado no Brasil, era o ouro de aluvião encontrado nos rios como descrito na alternativa c.
O ouro foi descoberto na região do atual estado de Minas Gerais e era explorado através da mão de obra africana escravizada. As condições de trabalho de grande exploração durante a extração do minério e em outras atividades, resultava em uma reduzida expectativa de vida dos escravizados.
Questão completa:
Destinada unicamente à exportação, em função da qual se organiza e mantém a exploração, tal atividade econômica desenvolveu-se à margem das necessidades próprias da sociedade brasileira.
No alvorecer do século XIX, essa atividade econômica, que se iniciara sob tão brilhantes auspícios e absorvera durante cem anos o melhor das atenções e dos esforços do país, já tocava sua ruína final.
Os prenúncios dessa ruína já se faziam aliás sentir para os observadores menos cegos pela cobiça desde longa data. De meados do século XVIII em diante, essa atividade econômica, contudo, não fizera mais que declinar. (Caio Prado Júnior. Formação do Brasil contemporâneo, 1999. Adaptado.)
A atividade econômica a que o texto se refere está presente em:
(A) A ti trocou-te a máquina mercante, Que em tua larga barra tem entrado, A mim foi-me trocando, e tem trocado, Tanto negócio e tanto negociante. Deste em dar tanto açúcar excelente Pelas drogas inúteis, que abelhuda Simples aceitas do sagaz Brichote. (Gregório de Matos, “À cidade da Bahia”.)
(B) Eu, Marília, não sou algum vaqueiro, Que viva de guardar alheio gado, De tosco trato, de expressões grosseiro, Dos frios gelos e dos sóis queimado. Tenho próprio casal e nele assisto; Dá-me vinho, legume, fruta, azeite; Das brancas ovelhinhas tiro o leite, E mais as finas lãs, de que me visto. (Tomás Antônio Gonzaga, “Lira I”.)
(C) Tu não verás, Marília, cem cativos Tirarem o cascalho e a rica terra, Ou dos cercos dos rios caudalosos, Ou da minada Serra. Não verás separar ao hábil negro Do pesado esmeril a grossa areia, E já brilharem os granetes de ouro No fundo da bateia. (Tomás Antônio Gonzaga, “Lira III”.)
(D) Pescadores do Mondego, Que girais por essa praia, Se vós enganais o peixe, Também Lise vos engana. Vós ambos sois pescadores; Mas com diferença tanta, Vós ao peixe armais com redes, Ela co’os olhos vos arma. (Cláudio Manuel da Costa, “Romance I”.)
(E) Aonde levas, Pastora, Essas tenras ovelhinhas? Que para seu mal lhes basta O seres tu quem as guia. Acaso vão para o vale, Ou para a serra vizinha? Vão acaso para o monte, Que lá mais distante fica? (Cláudio Manuel da Costa, “Romance IV”.)
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