Este caso de estudos baseia-se no processo de tomada de decisão logística intraempresarial e leva em consideração a decisão de marketing e distribuição no que tange às diferentes especificidades
de uma empresa. Esse exercício fará com que você treine processos
de tomada de decisão que, efetivamente, serão recorrentes em seu trabalho como técnico/analista/supervisor/gerente de logística no mercado de trabalho.
Levando em conta o que foi descrito no texto e a situação-problema proposta, analise e responda as seguintes questões:
a) No Sul e no Sudeste, que têm algumas ferrovias em bom estado, seria possível evitar os gastos com transporte aéreo, optando pelo transporte das carnes via trens e locomotivas? Explique.
b) Quais as implicações logísticas e comerciais caso a empresa opte por parar a vendas, nesse mês específico, para Sul e Sudeste e vender toda a produção para os demais Estados e regiões do Brasil? Quais são os custos e riscos dessa decisão para o negócio?
c) Considerando a possibilidade de armazenar as carnes desse mês em câmaras refrigeradas, em grandes armazéns, e aguardar até a transportadora retornar seus serviços ao normal, isto é, utilizando modal rodoviário para vendas no Sul e no Sudeste, que tipo de implicações logísticas e mercadológicas podem ocorrer caso essa carga fique armazenada por, aproximadamente, 1 mês? Explique.
Respostas
Resposta:
a) A opção pelo modal ferroviário seria viável apenas se os gastos do contrato de transporte não fossem superiores. Essa é, sim, uma possibilidade, pois, em geral, o modal ferroviário é mais vantajoso em termos de preço que o rodoviário. Porém, caso isso ocorra, ainda deverão ser analisadas as especificidades dos espaços em que a carga será armazenada em termos de ar-condicionamento frio, velocidade das entregas e possibilidade de entrega porta a porta, isto é, exatamente nos locais onde os compradores terão condições de receber.
b) Em primeiro lugar, seria arriscado optar por vender toda a carga para mercados que, atualmente, representam apenas 40% das vendas. Ou seja, deve-se considerar a dificuldade de encontrar mercados fora do Sul e do Sudeste que estejam disponíveis para comprarem esses 60% restantes da produção. Além disso, a implicação logística é que o atual fornecedor dos serviços aéreos de entrega teria que ter agenda, capacidades de infraestrutura (número de aeronaves), disponibilidade e vontade de transportar esses produtos. Esse é um risco logístico que não pode ser desconsiderado. No entanto, um risco maior é o financeiro-comercial: os custos dos transportes aéreos são muito superiores aos rodoviários; sendo assim, mesmo se a empresa conseguir vender toda a carga e transportá-la via modal aéreo, a margem de lucro final pode ser bem inferior a 1 mês de faturamento normal.
c) A carga armazenada ocupará, provavelmente, um bom percentual da capacidade de estocagem da empresa. Há o risco, portanto, de que, com a produção do mês seguinte, haja falta de espaço para armazenagem, com riscos à integridade das mercadorias. Do ponto de vista logístico, esse excesso de carga armazenada poderá incorrer em custos logísticos adicionais, que vão além do aluguel de armazéns adicionais, caso necessário, mas perpassam também a necessidade de transportes mais rápidos (como o aéreo) caso o modal rodoviário não seja restaurado no Sul e no Sudeste a tempo de a carga manter sua validade e integridade.
Explicação:
Resposta:
Padrão de resposta esperado
a) A opção pelo modal ferroviário seria viável apenas se os gastos do contrato de transporte não fossem superiores. Essa é, sim, uma possibilidade, pois, em geral, o modal ferroviário é mais vantajoso em termos de preço que o rodoviário. Porém, caso isso ocorra, ainda deverão ser analisadas as especificidades dos espaços em que a carga será armazenada em termos de ar-condicionamento frio, velocidade das entregas e possibilidade de entrega porta a porta, isto é, exatamente nos locais onde os compradores terão condições de receber.
b) Em primeiro lugar, seria arriscado optar por vender toda a carga para mercados que, atualmente, representam apenas 40% das vendas. Ou seja, deve-se considerar a dificuldade de encontrar mercados fora do Sul e do Sudeste que estejam disponíveis para comprarem esses 60% restantes da produção. Além disso, a implicação logística é que o atual fornecedor dos serviços aéreos de entrega teria que ter agenda, capacidades de infraestrutura (número de aeronaves), disponibilidade e vontade de transportar esses produtos. Esse é um risco logístico que não pode ser desconsiderado. No entanto, um risco maior é o financeiro-comercial: os custos dos transportes aéreos são muito superiores aos rodoviários; sendo assim, mesmo se a empresa conseguir vender toda a carga e transportá-la via modal aéreo, a margem de lucro final pode ser bem inferior a 1 mês de faturamento normal.
c) A carga armazenada ocupará, provavelmente, um bom percentual da capacidade de estocagem da empresa. Há o risco, portanto, de que, com a produção do mês seguinte, haja falta de espaço para armazenagem, com riscos à integridade das mercadorias. Do ponto de vista logístico, esse excesso de carga armazenada poderá incorrer em custos logísticos adicionais, que vão além do aluguel de armazéns adicionais, caso necessário, mas perpassam também a necessidade de transportes mais rápidos (como o aéreo) caso o modal rodoviário não seja restaurado no Sul e no Sudeste a tempo de a carga manter sua validade e integridade.
Explicação: