• Matéria: Contabilidade
  • Autor: andressagoes0
  • Perguntado 9 anos atrás

O dilema risco-retorno envolvido na estratégia de financiamento de capital de giro é melhor expresso em que alternativa?

Respostas

respondido por: fabynprata
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Alternativas de financiamento de capital do giro podem ser selecionadas de acordo com as considerações apresentadas sobre o dilema risco-retorno.

A Figura a seguir retrata, de maneira extrema, uma posição de risco mínimo, em que a empresa compromete os recursos de longo prazo integralmente com os ativos, inclusive as necessidades sazonais de capital circulante.

A posição de risco mínimo apresentada é uma estrutura financeira que envolve a maturidade dos ativos, de pouca aplicação prática em que o risco é mínimo em razão de não apresentar dívidas de curto prazo, que poderiam ser tomadas em situações imprevistas.

Em princípio, o custo desta abordagem é mais elevado em razão da predominância de créditos onerosos de longo prazo associado à ociosidade destes recursos em diversos momentos. Veja, na figura anterior, que há recursos ociosos ao longo de todo tempo.

Outras alternativas de financiamento poderiam também ser sugeridas. As duas Figuras seguintes retratam duas estruturas diferenciadas pelo volume de CCL investido.

Ambas as alternativas apresentam CCL positivo. A estrutura apresentada na figura acima utiliza os recursos de longo prazo para financiar todas as necessidades permanentes de fundos (ativo permanente e capital de giro fixo), além de uma parcela do capital de giro sazonal. Nesta situação, somente uma parte de suas necessidades sazonais encontra-se financiada por créditos correntes, mantendo a empresa em certos períodos com recursos disponíveis para eventuais aplicações financeiras.

A empresa definida na Figura a seguir, por seu lado, revela maior participação de passivos de curto prazo que cobrem todas as necessidades sazonais de fundos além de parte das necessidades permanentes. É uma abordagem de maior risco que pode ser compensada pelo menor custo do dinheiro a curto prazo.

Cabe ressaltar que, embora os recursos de longo prazo devam ser naturalmente mais caros que os de curto prazo, no Brasil há instituições bancárias (Bancos de Fomento como BNDES, Bancos Regionais de Desenvolvimento e Cooperativas de Crédito) que praticam taxas de juros de longo prazo subsidiados e, portanto, com custo efetivo mais barato dos que as linhas de crédito de curto prazo da maioria dos bancos comerciais. Para estes casos, não vale a regra de que as taxas de juro de curto prazo sejam menores que as de longo prazo. Neste sentido, é importante pesquisar cada uma das fontes de financiamento e decidir pelo uso da fonte mais barata. Também vale ressaltar que nem toda empresa tem acesso às fontes ofertadas por estas agências de fomento.

Outras opções de financiamentos poderiam ser desenvolvidas. A seleção da melhor estrutura de financiamento é uma decisão inserida no contexto risco-retorno. Ao optar por uma maior presença de recursos correntes e, consequentemente, assumir maiores riscos, a empresa deve ser recompensada pela presença de dinheiro mais barato. Esta posição mais arriscada deve ainda despertar na empresa a necessidade de operar com maior nível de flexibilidade em levantar dinheiro no mercado sempre que surgirem necessidades inesperadas de capital de giro.

respondido por: beatrizsilva63
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Gerir a composição do capital de terceiros para obter melhor rentabilidade e menor risco de liquidez.

poseidom: certo brigado
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