• Matéria: Português
  • Autor: VicLudgero15
  • Perguntado 3 anos atrás

POR FAVOR ME AJUDEM!!!

1. “Legado” é um metapoema, pois o eu lírico reflete sobre o papel de sua própria poesia. a) Esse poema apresenta intertextualidade com outra composição de Drummond. A qual poema ele faz referência? Justifique.
b) Essa intertextualidade contribui para construir uma visão do eu lírico marcada pela negatividade. Explique tal afirmação.
c) Segundo a mitologia grega, Orfeu é o poeta mais talentoso que já existiu, sendo capaz de encantar e acalmar a todos com sua lira. Em sua opinião, quem são os “monstros atuais”, que não são cativados nem pela poesia de Orfeu? Justifique.
2. No texto 2, ao refletir sobre a poesia, o eu lírico inclui uma avaliação de si mesmo.
a) Segundo o poema, qual é o efeito do tempo sobre o eu lírico?
b) Na terceira estrofe, é possível deduzir, por oposição, qual concepção de poesia o eu lírico gostaria de ter deixado como seu legado. Explique essa ideia.
3. O poema “Jardim” representa o mundo de maneira enigmática e estranha. Embora o título remeta a um jardim, há a presença de referências ao universo humano. Identifique-as e explique como elas ajudam a construir essa impressão de estranheza.
4. De que maneira os limites da poesia são problematizados em “Legado” e em “Jardim”?

Respostas

respondido por: AC1969
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1. a) A intertextualidade com a obra do próprio Drummond no poema "Legado" está no último verso, "uma pedra que havia em meio do caminho".

  • Trata-se de uma alusão ao poema/canção "No meio do caminho", um dos mais famosos trabalhos do poeta.
  • Começa com os versos "No meio do caminho tinha uma pedra / Tinha uma pedra no meio do caminho".

 

b) Ao longo do poema, o eu lírico questiona o valor dos prêmios e do reconhecimento em vida. Pondera amargamente, ao final, que depois que ele se for tudo que restará será uma pedra, como aquela de seu célebre poema.

  • A pedra referida em "Legado" pode ser uma alusão funesta à futura lápide do eu lírico.
  • Pode ser também uma alusão à fisicalidade da "incerta medalha" mencionada no poema.

 

c) Monstros, como indica amargamente o eu lírico, são todos aqueles com os quais o poeta não mais consegue se comunicar.

  • Em seu poema amargo, Drummond não está só falando de pessoas insensíveis quando fala de "monstros".
  • O poeta Orfeu desceu ao Tártaro, uma espécie de inferno grego, em busca de sua amada raptada.
  • Lá, sua lira apaziguou seres mitológicos que achou pelo caminho.
  • O poeta indica que Orfeu, em suas dúvidas "entre o talvez e o se", já não conseguiria se comunicar com as criaturas atuais.
  • O eu lírico indica que não engana ao mundo, e nem o mundo engana a ele.

 

2. a) O eu lírico contrapõe ao tempo infinito sua própria finitude: "Na noite do sem-fim, breve o tempo esqueceu". Esse ânimo sombrio é retomado ao final, com "o resto se esfuma".

 

b) Um "canto radioso" e "uma voz matinal palpitando na bruma" capaz de arrancar alguém de "seu mais secreto espinho". Estes são os objetivos que se presume que o eu lírico desejaria. O poema indica que ele não os cumprirá.

 

3. O jardim sombrio e caótico descrito pelo eu lírico inclui vestígios humanos:

  • Ecos de violas.
  • Contas de colares desatadas.
  • Uma "estátua indecisa".

   

Trata-se de indícios humanos, mas não de presença humana. O poema também retrata a própria natureza como vestígio ou até despojo, já que menciona, por exemplo, que o lago tem não peixes, mas "matéria putrescível". O poema trata da decadência e da desagregação.

 

4. Ambos os poemas questionam o propósito da poesia, ou sua permanência:

  • "Legado" é uma reflexão do eu lírico, presumivelmente uma projeção poética do próprio Drummond, sobre como sua obra será lembrada, ou esquecida.
  • "Jardim" fala de canções que ecoam sem sentido sobre um jardim indiferente a elas, onde as coisas se desfazem e as imagens não são belas ou nem sequer são percebidas.

 

A obra de Carlos Drummond de Andrade

Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) é considerado um dos maiores poetas brasileiros. Ele usava tanto versos livres quanto, eventualmente, metrificados. Foi também cronista.

Entre seus temas recorrentes:

  • O tempo.
  • A finitude.
  • A vaidade humana.
  • A saudade.

   

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