a) Que características da paisagem se destacam na descrição de José Lins do Rêgo? E na descrição de Jorge Amado?
Respostas
José Lins do Rego, escritor paraibano, nasceu em 3 de junho de 1901. Além de escrever romances e crônicas, trabalhou como promotor, fiscal e foi secretário-geral da Confederação Brasileira de Desportos. Seu primeiro livro — Menino de engenho — foi publicado em 1932 e ganhou o Prêmio da Fundação Graça Aranha. Essa obra inicia o chamado ciclo da cana-de-açúcar, isto é, livros do autor que mostram a decadência dos engenhos do Nordeste no final do século XIX e início do século XX.
Pertencente à Geração de 1930 do modernismo brasileiro, o autor escreveu obras regionalistas (ou neorregionalistas), de temática sociopolítica, que revelam um olhar crítico do romancista sobre a realidade brasileira. Seus livros também possuem um caráter memorialístico, já que José Lins do Rego foi criado em um engenho (espaço de algumas de suas narrativas), antes de tornar-se escritor, ser eleito para a Academia Brasileira de Letras e morrer, em 12 de setembro de 1957.
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Biografia de José Lins do Rego
Posse de José Lins do Rego, na Academia Brasileira de Letras, em 1956.
José Lins do Rego nasceu em 3 de junho de 1901, em Pilar, na Paraíba. Ficou órfão de mãe e, por isso, o menino, pertencente a uma família de donos de engenho, foi criado pelos seus avós. Em 1916, leu, pela primeira vez, O Ateneu (1888), de Raul Pompeia (1863-1895). Dois anos depois, descobriu o Dom Casmurro (1899), de Machado de Assis (1839-1908). Dessa forma teve seu primeiro contato com o realismo/naturalismo brasileiros.
Em 1919, o romancista, cronista e ensaísta José Lins do Rego matriculou-se na Faculdade de Direito do Recife e formou-se em 1923. Assim, exerceu, em 1925, o cargo de promotor, na cidade de Manhuaçu, em Minas Gerais. No ano seguinte, foi morar em Maceió, onde trabalhou como fiscal até 1935, mas também escreveu para o Jornal de Alagoas. Publicou, em 1932, com recursos próprios, o seu primeiro livro — Menino de engenho —, que ganhou o Prêmio da Fundação Graça Aranha.
Em 1935 mudou-se para o Rio de Janeiro para trabalhar como fiscal do imposto de consumo, sem, contudo, deixar a escrita de lado. Assim, recebeu o Prêmio Felipe d’Oliveira pelo romance Água-mãe (1941). De 1942 a 1954, foi secretário-geral da Confederação Brasileira de Desportos. Nesse período, recebeu o Prêmio Fábio Prado, pelo romance Eurídice (1947), além do Prêmio Carmem Dolores Barbosa, pelo livro Cangaceiros (1953). O escritor foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1955 e faleceu, no Rio de Janeiro, em 12 de setembro de 1957.