As abordagens teóricas da Gestão Social podem ser categorizadas, segundo Cançado (2011), em: - Gestão Emancipatória (GE). - Gestão Participativa (GP). - Gestão do Desenvolvimento Social (GDS). - Gestão em Organizações Sem Fins Lucrativos (GOSFL). - Gestão da Responsabilidade Social Empresarial (GRSE). - Formação em Gestão Social (FGS). - Outras Formas de Gestão Relacionadas (OFGR). Apesar das diferenças entre si, essas abordagens têm em comum um processo gerencial dialógico em que as decisões são compartilhadas entre os participantes da ação. Dentre elas, destaca-se o aspecto emancipatório da GE, cujo fim último é o desenvolvimento da sociedade, a partir do empoderamento das pessoas, ou seja, seria o desenvolvimento social no nível mais capilarizado e duradouro, pois trabalha a conscientização das pessoas. Nesse sentido, coloque-se no lugar de um gestor que pretende utilizar esses conceitos. Analise como a democracia deliberativa, a racionalidade substantiva e as comunidades de prática podem se desenvolver, dentro de um processo de gestão, no sentido de buscar a aplicabilidade da GE, como fim último da Gestão Social.

Respostas

respondido por: andresagarcia1987
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Resposta: Desafio

Explicação:

Uma das premissas básicas da Gestão Social e da participação da sociedade civil na esfera pública, por meio dos conselhos ou de outras formas institucionalizadas de participação cidadã ativa, é que ela deve ser ativa e considerar a experiência de cada cidadão que nela se insere, não tratá-los como corpos amorfos a serem enquadrados em estruturas prévias. Ou seja, deve considerar preliminarmente que os participantes são pessoas com diferentes saberes e muitas possibilidades de contribuição. Em um modelo pragmatista de gestão seria diferente, pois o pragmatismo não gera experiências e saberes, suas ações são imediatistas, sem profundidade, sem reflexão e sem estímulo à participação.

Em Gestão Social, especialmente quando em seu contexto busca-se a Gestão Emancipatória,  deve-se empoderar as pessoas e abrir espaços de participação da sociedade civil, a fim de democratizar a Gestão Pública. O objetivo é inverter as prioridades das administrações no sentido de propor políticas que atendam não apenas as questões emergenciais, mas que busquem a centralidade e a profundidade dos problemas, com base nas experiências e saberes dos participantes.

Assim, para que se exerça uma Gestão Emancipatória, a esfera pública deve ser um espaço para os cidadãos organizados proporem políticas e exercerem a fiscalização e vigilância sobre os poderes públicos constituídos. Essa ampliação da esfera pública contribui para a formação de consensos em uma Gestão Social compartilhada, adentrando nos espaços públicos, dialogando com os seus grupos organizados e realizando parcerias.

Enfim, a participação cidadã redefine laços entre o espaço institucional e as práticas da sociedade civil organizada, de forma que o Estado reconheça a existência de conflitos e as divergências na sociedade. Nesse contexto, os Conselhos Gestores são uma das modalidades para o exercício da cidadania com esse propósito emancipador, desde que as suas estruturas participativas organizadas sejam formadas autonomamente na sociedade civil.


gersonmusica: Resposta Perfeita, obrigado
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