Bauman defende que, nestes tempos “líquidos”, precisamos da ajuda de um companheiro leal, “até que a morte nos separe”, mais do que em qualquer outra época. O problema é que as relações afetivas na sociedade de consumidores seguem praticamente as mesmas regras das relações comerciais. Assim, sendo estas atualmente movidas pela velocidade com que uma mercadoria é lançada, consumida e logo descartada para que outras mais novas possam tomam o seu lugar nas prateleiras, decorre que qualquer coisa “até a morte” nos desanima e assusta: não se pode permitir que coisas ou pessoas sejam impedimentos ou nos obriguem a diminuir o ritmo de vida. Além do mais, pelo fato mesmo de os mercados de consumo se concentrarem “na desvalorização imediata de suas antigas ofertas, a fim de limpar a área da demanda pública para que novas ofertas a preencham” (BAUMAN: 2008 p. 128), a insatisfação com a identidade adquirida nessa cultura consumista é uma constante na vida de seus membros. Por isso, “mudar de identidade, descartar o passado e procurar novos começos, lutando para renascer” (Idem) acaba englobando as próprias relações afetivas. Novas relações significam novas identidades, reacendendo, de cada vez, a esperança de que a felicidade será alcançada, logo, “o objeto fracassado do amor, tal como todos os outros bens do mercado, precisa ser descartado e substituído” (Ibidem, p.133).
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