O historiador francês Alain Besançon, em um trecho do livro “A infelicidade do Século: sobre o comunismo, o nazismo e a unicidade da Shoa” (Betrand Brasil, 144 páginas), faz uma longa descrição das mortes causadas pelas ideologias nazista e comunista. Abordando as duas questões vinculadas entre si, Besançon, traça um painel detalhado sobre a aplicação da barbárie em nome de uma visão política utópica e observa que tanto o nazismo quanto o comunismo tinham por objetivo chegar a uma sociedade perfeita, destruindo os elementos negativos que se opunham a ela, utilizando métodos de extermínio semelhantes. Assim, a respeito da memória histórica, o autor conclui que:
a) A memória histórica só registra os horrores nazistas, enquanto os comunistas caem no esquecimento.
b) A memória do comunismo permanece abrilhantada, mas a das atrocidades na Alemanha é recorrente.
c) No que se refere a responsabilidade dos crimes passados, os mesmos critérios são aplicados a ambos.
d) A guerra, ao amarrar uma aliança militar entre as democracias e a União Soviética, enfraqueceu as defesas imunológicas ocidentais contra a ideia de comunismo, tornando-o algo aceitável.
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