Respostas
Resposta:
Setembro Amarelo é uma campanha nacional que tem por objetivo a prevenção do suicídio. O mês escolhido para essa campanha é setembro, pois no seu dia 10 é celebrado o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. A campanha iniciou-se em 2015 e foi criada pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
Essa campanha é extremamente importante no cenário atual, onde são cada vez mais comuns relatos de pessoas que tiraram a própria vida em situações em que isso poderia ser evitado, caso elas tivessem recebido o cuidado adequado.
Por que devemos falar do suicídio?
De acordo com dados da OMS, um suicídio ocorre a cada 40 segundos no mundo. Esse número é bastante expressivo e leva-nos a esta reflexão: Será que esses suicídios poderiam ser evitados? De acordo com vários especialistas, em alguns casos, é sim possível evitar o suicídio.
Uma das formas de evitá-lo é falando a respeito do tema, fazendo com que ele deixe de ser um tabu e que informação de qualidade chegue tanto às pessoas que pensam em suicídio quanto àquelas que convivem com pessoas que estão pensando em tirar a própria vida.
Em grande parte das vezes, o suicídio está ligado a problemas mentais e psicológicos, como depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, perdas recentes, históricos de abuso, desesperança e desespero. Percebe-se, portanto, que são problemas que podem e devem ser tratados, mas que muitas vezes são negligenciados, seja pela pessoa que os sente, seja pelas pessoas com quem ela convive.
A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) destaca ainda que o suicídio apresenta altas taxas em grupos vulneráveis que sofrem discriminação, como refugiados, migrantes, gays, lésbicas, bissexuais, transgêneros, intersexuais, indígenas e pessoas privadas de liberdade.
Para ficar clara a importância de falar-se e prevenir-se o suicídio, separamos, a seguir, alguns dados importantes sobre o tema no Brasil e no mundo:O comportamento suicida
Devemos estar sempre atentos ao que chamamos de comportamento suicida, ou seja, comportamentos que podem indicar que uma pessoa está pensando em se matar.
De acordo com o Ministério da Saúde, alguns sinais que merecem atenção são expressões de ideias ou intenções suicidas, como “vou deixar vocês em paz” e “eu queria poder dormir e nunca mais acordar”, isolamento, preocupação com sua própria morte, visão negativa do futuro e falta de esperança. Devemos estar atentos também às mudanças no rendimento no trabalho ou escola, mudanças no sono e alimentação e à falta de interesse.
O que fazer ao identificar-se que uma pessoa corre o risco de cometer suicídio?
Se você percebeu que uma pessoa está sob o risco de suicídio, siga as dicas abaixo:
Converse com essa pessoa e faça com que ela perceba que pode contar com você. Nesse momento é fundamental que você não faça julgamentos. Lembre-se sempre de que é impossível sentir a dor do outro e o que pode ser banal para você pode não ser para aquela pessoa.
Seja bastante paciente.
Ao abordar uma pessoa com risco de suicídio para conversar, garanta que o lugar esteja calmo e que você tenha tempo disponível para ouvir tudo que essa pessoa tenha a dizer.
Incentive a pessoa a procurar ajuda profissional e se, possível, ofereça a sua companhia em uma consulta.
Ofereça suporte emocional e faça com que a pessoa entenda que realmente você está disponível para ela.
Caso perceba que o perigo de suicídio é iminente, não deixe a pessoa sozinha e tente entrar em contato com o serviço de saúde especializado e com pessoas de confiança dessa pessoa.
Centro de Valorização da Vida (CVV)
O CVV é uma associação civil sem fins lucrativos e filantrópica. Esse centro presta um serviço gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio. Uma pessoa que precisa de ajuda pode entrar em contato pelo telefone 188, chat ou e-mail. Os contatos podem ser feitos 24 horas por dia e o CVV garante total sigilo.
Espero que ajude!