6. O estudo sobre os aspectos econômicos e as evidências da discriminação é rico e complexo. A respeito desse tema, considere as afirmativas abaixo. I. Os resultados de Antonovics e Knight (2009) apontam que os padrões de discriminação encontrados são compatíveis com discriminação estatística. II. Ao testar se o diferencial da taxa de revista de veículos por policiais em Boston depende da raça do policial, Antonovics e Knight (2009) conseguem entender se a discriminação que ocorre é estatística ou baseada em preferências. III. É difícil distinguir entre discriminação estatística e discriminação baseada em preferências. (ANTONOVICS, K. E KNIGHT, B. , 2009. A New Look at Racial Profiling: Evidence from the Boston Police Department. The Review of Economics and Statistics, MIT Press, vol. 91(1), pages 163-177) São verdadeiras apenas as afirmativas:
Respostas
Resposta: II e III
Explicação:
Resposta correta
Resposta: II e III são verdadeiras.
Explicação:I é falsa. A probabilidade de que um motorista branco seja revistado é de 0,4% se o oficial for branco e de 0,62% se o oficial for negro. Da mesma forma, a probabilidade de um motorista negro ser revistado é de 0,82% se o oficial for negro, mas 0,97% se o oficial for branco.
Esses padrões parecem ser inconsistentes com os modelos padrão de discriminação estatística nos quais as diferenças raciais na taxa em que os motoristas são revistados surgem porque a polícia acredita que os motoristas de alguns grupos raciais são mais propensos a infringirem a lei, independente da raça do policial.
II é verdadeira. Os autores mostram que se a discriminação estatística por si só explica as diferenças nas taxas de revista dos motoristas negros e brancos, então, todo o resto igual, as decisões de busca devem ser independentes da raça do policial. Os autores argumentam que se as buscas são mais prováveis de ocorrerem quando a raça do policial difere da raça do motorista, então isso fornece evidência de discriminação baseada em preferências.
III é verdadeira. Os tribunais americanos tendem a defender padrões de policiamento racialmente tendenciosos quando eles podem ser justificados por diferenças em taxa de criminalidade entre raças, que é o caso de discriminação estatística. Contudo, têm deliberado contra o que parecem ser práticas de policiamento puramente racistas, que é o caso de discriminação baseada em preferências. A questão é que não é fácil distinguir empiricamente entre estas duas possibilidades.