• Matéria: História
  • Autor: Betepatricia
  • Perguntado 3 anos atrás

Alguns professores da Educação Básica costumam afirmar que existe uma distância significativa entre o saber acadêmico, ou a historiografia, e o saber escolar, ou a história que é ensinada nas escolas. Em sua percepção, parece não haver uma proximidade entre os avanços historiográficos e a narrativa dos livros didáticos, fazendo com que siga sendo repetida uma série de preconceitos e estereótipos nas salas de aula. Em relação ao ensino da Idade Média, leia a observação feita pela historiadora Miram Coser: "A transposição de discussões historiográficas complexas para a sala de aula é sempre um problema e um dilema para os professores. Sem dúvida, não se trata de propor que tais questões sejam minuciosamente abordadas, mas já é hora de crianças e jovens terem acesso à informação de que, na Idade Média, havia outros grupos sociais além da tradicional divisão padres/guerreiros/camponeses tão preconizada pela Igreja e que as cidades faziam parte da vida medieval." Você, como futuro professor, quais outros temas poderia abordar sobre a Idade Média que não a tríade comentada por Miram Coser? Como você realizaria essa abordagem? Descreva.

Respostas

respondido por: dueana2009
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Resposta:Existem muitas temáticas que podem ser exploradas sobre a Idade Média que extrapolam as noções de feudalismo ou da sociedade de ordens, e as formas clássicas de se abordar o período. As contribuições da história cultural, da micro-história e da história das mentalidades trouxeram novos objetos de pesquisa que podem contribuir para extinguir certos preconceitos e estereótipos sobre a Idade Média. É possível trabalhar com a história das mulheres, a cultura popular, o desenvolvimento da filosofia e da ciência, as manifestações culturais e a arquitetura, os inventos dos camponeses, etc.

Essas abordagens podem ser realizadas a partir da bibliografia existente sobre esses temas, mas também explorando-se fontes primárias que se encontram digitalizadas e traduzidas em inúmeros sites e diferentes revistas especializadas. As cantigas, a iconografia e os documentos escritos despertam a atenção dos jovens e possibilitam, ainda, explicar para os alunos como se dá o trabalho dos historiadores.

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