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Em um país tão desigual quanto o Brasil, o termo igualdade está sempre no debate público. A maior parte dos partidos e dos políticos defende medidas em busca de maior igualdade. Porém, afinal, que panaceia seria essa de busca pela igualdade? E, principalmente, qual a relação entre liberdade e igualdade?
O debate é muito mais complexo que pode aparentar preliminarmente, havendo três diferentes tipos de igualdades: a formal, a de oportunidades e a substancial.
A igualdade formal é a igualdade em que todos são iguais perante a lei. Trata-se de uma abstenção por parte do Estado: ele não pode interferir na liberdade do indivíduo em conduzir sua própria vida. As pessoas são diferentes, possuem valores, gostos e capacidades que influenciarão na forma com que vão gerir sua própria vida.
Ao considerar esse tipo de igualdade pessoal, a consequência é que não pode haver a imposição dos valores ou julgamentos a terceiros. Ninguém deve impor sua vontade sobre os outros, nem mesmo em função de haver uma maioria para isso. O indivíduo deve ser governante de sua própria vida, desde que não interfira nos direitos alheios e assuma a responsabilidade por seus atos. A igualdade formal aumenta a liberdade do indivíduo.
Outra igualdade que também deve ser vista com bons olhos por quem defende a liberdade individual é a igualdade de oportunidades, pois há uma relação bastante forte entre elas. Trata-se, é verdade, de um ideal impossível de ser plenamente realizado: as pessoas são diferentes geneticamente e culturalmente, o que pode fazê-las seguir por diferentes carreiras. Dessa forma, ao longo da vida do indivíduo, seus talentos e valores o farão buscar determinados objetivos, não devendo haver obstáculos arbitrários que eventualmente o impeçam de alcançá-los.