Alguns comportamentos adotados por Robson Crusoé não são relacionados diretamente a satisfação de necessidades básicas como alimentação abrigo e descanso dentre as atividades
Respostas
Considerando as informações apresentadas no enunciado, bem como os conceitos acerca de socialização, podemos afirmar que os comportamentos adotados por Crusoé que não se referem propriamente à sobrevivência são o hábito de ler a bíblia e tornar-se amigo de um nativo canibal, ensinando-o a falar.
Sobre socialização e o texto de Crusoé
Publicado em 1719, o romance narra a história de Robinson Crusoé, um jovem que, em uma de suas aventuras, naufraga em uma ilha e, na luta para sobreviver, é forçado a viver de forma mais simples e rude, sendo resgatado apenas 30 anos depois e reintegrado à civilização.
Tal história, sob o enfoque da socialização e da sociologia, ressalta que o homem encontra o que é necessário em sua vida na sociedade, não fora dela.
Por fim, como sua pergunta está incompleta, é provável que o trecho abaixo seja o complemento do enunciado. Ressalto que a resposta acima foi dada com base nestas informações:
"Andei sem rumo pela costa, pensando nos meus amigos, todos desaparecidos, com certeza mortos. O mar transformara-se em túmulo, além de carrasco.
Longe, mar adentro, o navio continuava imóvel, encalhado. Eu estava molhado, sem água e sem comida. Nos bolsos, apenas uma faca, um cachimbo e um pouco de tabaco. A noite avizinhava-se. Afastada da praia, encontrei uma pequena fonte de água doce. Matei a sede. Para enganar a fome, masquei um naco de fumo. Sem abrigo, sem armas e com medo de feras selvagens, subi numa árvore para passar a noite. Consegui encaixar o corpo cansado no meio de grossos galhos, sem perigo de cair durante o sono. Adormeci logo. (p. 23) [...]
...
Meu futuro não parecia tão bom... Na verdade prometia ser triste, com poucas esperanças de salvação. Sozinho, abandonado numa ilha deserta, desconhecida e fora das rotas de comércio, não alimentava a menor perspectiva de sair dali com vida. Já me via velho e cansado, passando fome, sem forças para nada: morreria aos poucos. Isto se eu não morresse antes, vítima de alguma tragédia.
Muitas vezes deixei-me levar pelo desânimo. Não foram poucas as lágrimas que salgaram meu rosto. Nessas ocasiões, recriminava e maldizia a Deus. Como podia Ele arruinar suas criaturas de modo tão mesquinho, tornando-as miseráveis, deixando-as ao completo abandono? (p. 29) [...]
Depois de dez dias, fiquei com medo de perder a noção do tempo. Improvisei um rústico, mas eficiente calendário. [...] Todos os dias, riscava no poste um pequeno traço. De sete em sete dias, fazia um risco maior para indicar o domingo. Para marcar o final do mês, eu traçava uma linha com o dobro do tamanho. Dessa forma, podia acompanhar o desenrolar dos dias, conseguindo situar-me no tempo.
Foi nessa época que fiquei doente, com febre, e tive alucinações. Vendo a morte muito próxima, fui incapaz de ordenar minhas ideias e colocá-las com clareza no papel. Hoje sei que esse período foi um dos piores da minha vida. A febre veio de mansinho. (p. 36) [...] Num momento de lucidez, entre um ataque e outro de febre, lembrei-me de que, no Brasil, se usava fumo para curar a malária. E eu tinha, num dos caixotes, um pedaço de fumo em rolo e algumas folhas ainda não defumadas. Foi a mão de Deus que me guiou. Buscando o fumo, achei uma Bíblia, guardada no mesmo lugar.
O fumo curou-me a febre: não sabia como usá-lo, por isso tentei diversos métodos ao mesmo tempo. Masquei folhas verdes, tomei uma infusão de fumo em corda com rum, aspirei a fumaça de folhas queimadas no fogo. Não sei qual dos métodos deu resultado: talvez todos juntos. A verdade é que sarei em pouco tempo. A Bíblia foi um bom remédio para a alma. (p. 37) [...]
Sempre quis conhecer a ilha inteira, ver cada detalhe dos meus domínios. Acreditei que tinha chegado a hora. Peguei minha arma, uma machadinha, uma quantidade grande de pólvora e munições, uma porção razoável de comida e pus-me a caminho, acompanhado de meu cão... (p. 42) [...] Na volta, apanhei um filhote de papagaio. Os colonos brasileiros costumavam domesticá-los e ensiná-los a falar. Pensei em seguir-lhes o exemplo. (p. 43) [...]
Poll, meu papagaio, aprendera a falar e acompanhava-me aonde quer que eu fosse. Fazia-me bem ouvir outra voz além da minha: pena não ser de algum homem. (p. 54)
DEFOE, Daniel. Robinson Crusoé – A conquista do mundo numa ilha.
Tradução e adaptação Werner Zotz. São Paulo: Scipione, 1986 (Série Reencontro).
Alguns comportamentos adotados por Robson Crusoé não são relacionados diretamente a satisfação de necessidades básicas como alimentação abrigo e descanso dentre as atividades. Dentre as atividades citadas na obra, descreva duas que não se referem propriamente à sobrevivência."
Saiba mais sobre socialização em brainly.com.br/tarefa/41384491
#SPJ4