• Matéria: Sociologia
  • Autor: vincks1138
  • Perguntado 2 anos atrás

Alguns comportamentos adotados por Robson Crusoé não são relacionados diretamente a satisfação de necessidades básicas como alimentação abrigo e descanso dentre as atividades

Respostas

respondido por: camilaperrut
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Considerando as informações apresentadas no enunciado, bem como os conceitos acerca de socialização, podemos afirmar que os comportamentos adotados por Crusoé que não se referem propriamente à sobrevivência são o hábito de ler a bíblia e tornar-se amigo de um nativo canibal, ensinando-o a falar.

Sobre socialização e o texto de Crusoé

Publicado em 1719, o romance narra a história de Robinson Crusoé, um jovem que, em uma de suas aventuras, naufraga em uma ilha e, na luta para sobreviver, é forçado a viver de forma mais simples e rude, sendo resgatado apenas 30 anos depois e reintegrado à civilização.

Tal história, sob o enfoque da socialização e da sociologia, ressalta que o homem encontra o que é necessário em sua vida na sociedade, não fora dela.

Por fim, como sua pergunta está incompleta, é provável que o trecho abaixo seja o complemento do enunciado. Ressalto que a resposta acima foi dada com base nestas informações:

"Andei sem rumo pela costa, pensando nos meus amigos, todos desaparecidos, com certeza mortos. O mar transformara-se em túmulo, além de carrasco.

Longe, mar adentro, o navio continuava imóvel, encalhado. Eu estava molhado, sem água e sem comida. Nos bolsos, apenas uma faca, um cachimbo e um pouco de tabaco. A noite avizinhava-se. Afastada da praia, encontrei uma pequena fonte de água doce. Matei a sede. Para enganar a fome, masquei um naco de fumo. Sem abrigo, sem armas e com medo de feras selvagens, subi numa árvore para passar a noite. Consegui encaixar o corpo cansado no meio de grossos galhos, sem perigo de cair durante o sono. Adormeci logo. (p. 23) [...]

...

Meu futuro não parecia tão bom... Na verdade prometia ser triste, com poucas esperanças de salvação. Sozinho, abandonado numa ilha deserta, desconhecida e fora das rotas de comércio, não alimentava a menor perspectiva de sair dali com vida. Já me via velho e cansado, passando fome, sem forças para nada: morreria aos poucos. Isto se eu não morresse antes, vítima de alguma tragédia.

Muitas vezes deixei-me levar pelo desânimo. Não foram poucas as lágrimas que salgaram meu rosto. Nessas ocasiões, recriminava e maldizia a Deus. Como podia Ele arruinar suas criaturas de modo tão mesquinho, tornando-as miseráveis, deixando-as ao completo abandono? (p. 29) [...]

Depois de dez dias, fiquei com medo de perder a noção do tempo. Improvisei um rústico, mas eficiente calendário. [...] Todos os dias, riscava no poste um pequeno traço. De sete em sete dias, fazia um risco maior para indicar o domingo. Para marcar o final do mês, eu traçava uma linha com o dobro do tamanho. Dessa forma, podia acompanhar o desenrolar dos dias, conseguindo situar-me no tempo.

Foi nessa época que fiquei doente, com febre, e tive alucinações. Vendo a morte muito próxima, fui incapaz de ordenar minhas ideias e colocá-las com clareza no papel. Hoje sei que esse período foi um dos piores da minha vida. A febre veio de mansinho. (p. 36) [...] Num momento de lucidez, entre um ataque e outro de febre, lembrei-me de que, no Brasil, se usava fumo para curar a malária. E eu tinha, num dos caixotes, um pedaço de fumo em rolo e algumas folhas ainda não defumadas. Foi a mão de Deus que me guiou. Buscando o fumo, achei uma Bíblia, guardada no mesmo lugar.

O fumo curou-me a febre: não sabia como usá-lo, por isso tentei diversos métodos ao mesmo tempo. Masquei folhas verdes, tomei uma infusão de fumo em corda com rum, aspirei a fumaça de folhas queimadas no fogo. Não sei qual dos métodos deu resultado: talvez todos juntos. A verdade é que sarei em pouco tempo. A Bíblia foi um bom remédio para a alma. (p. 37) [...]

Sempre quis conhecer a ilha inteira, ver cada detalhe dos meus domínios. Acreditei que tinha chegado a hora. Peguei minha arma, uma machadinha, uma quantidade grande de pólvora e munições, uma porção razoável de comida e pus-me a caminho, acompanhado de meu cão... (p. 42) [...] Na volta, apanhei um filhote de papagaio. Os colonos brasileiros costumavam domesticá-los e ensiná-los a falar. Pensei em seguir-lhes o exemplo. (p. 43) [...]

Poll, meu papagaio, aprendera a falar e acompanhava-me aonde quer que eu fosse. Fazia-me bem ouvir outra voz além da minha: pena não ser de algum homem. (p. 54)

DEFOE, Daniel. Robinson Crusoé – A conquista do mundo numa ilha.

Tradução e adaptação Werner Zotz. São Paulo: Scipione, 1986 (Série Reencontro).

Alguns comportamentos adotados por Robson Crusoé não são relacionados diretamente a satisfação de necessidades básicas como alimentação abrigo e descanso dentre as atividades. Dentre as atividades citadas na obra, descreva duas que não se referem propriamente à sobrevivência."

Saiba mais sobre socialização em brainly.com.br/tarefa/41384491

#SPJ4

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