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O Segundo Reinado foi um período que se estendeu de 1840 a 1889 e no qual o trono brasileiro foi ocupado por D. Pedro II. Ele assumiu como imperador por meio do Golpe da Maioridade.
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O Segundo Reinado foi um período que se estendeu de 1840 a 1889 e no qual o trono brasileiro foi ocupado por D. Pedro II. Ele assumiu como imperador por meio do Golpe da Maioridade e, durante seus 49 anos de reinado, diversos acontecimentos marcantes aconteceram, como a Guerra do Paraguai e a abolição da escravidão. Foi destronado com a Proclamação da República, em 1889.
Golpe da Maioridade
O Segundo Reinado iniciou-se por meio de um golpe que autorizou a antecipação da maioridade de Pedro de Alcântara, o herdeiro do trono brasileiro. A década de 1830 foi a década do Período Regencial, isto é, quando regentes governaram o país até que Pedro alcançasse os 18 anos exigidos para que ele fosse coroado imperador.
As disputas de poder entre liberais e conservadores foram acirradas e a instabilidade do país foi percebida claramente pela quantidade de rebeliões provinciais que se iniciaram no país. A ascensão do conservador Pedro de Araújo Lima como regente motivou os membros do Partido Liberal a pedirem a antecipação da maioridade de Pedro para que ele assumisse o trono.
Essa proposta ganhou força e passou a ser apoiada até mesmo por membros do Partido Conservador. Assim, a maioridade de Pedro de Alcântara foi antecipada no dia 23 de julho de 1840, ocasião em que ele tinha apenas 14 anos de idade. A coroação dele como D. Pedro II e imperador do Brasil aconteceu no dia 18 de julho de 1841.
Política
A política do Segundo Reinado era complexa, e D. Pedro II teve de dar uma atenção extra aos partidos políticos para manter a estabilidade do seu reinado. Os dois partidos eram o Partido Conservador e o Partido Liberal, os quais tinham uma pequena diferença ideológica entre si, mas que, em geral, eram representantes dos mesmos interesses e das mesmas classes sociais.
A disputa entre liberais e conservadores foi acirrada no começo da década de 1840, quando D. Pedro II ainda se consolidava na função de imperador. Por essa razão, o sistema político estabelecido no Segundo Reinado permitia um revezamento entre liberais e conservadores. No longo prazo, isso garantiu a estabilidade do Segundo Reinado.
O sistema em questão era o parlamentarismo às avessas. Nesse sistema, o Brasil era governado como em uma monarquia parlamentarista, havendo um gabinete ministerial, que chefiava o governo e os parlamentares. Com isso, se o imperador não estivesse satisfeito com a atuação do gabinete ou dos deputados, ele poderia dissolver o Parlamento e convocar novas eleições.
Ao todo, ao longo dos anos do Segundo Reinado, foram formados 36 gabinetes diferentes, o que mostra que a rotatividade no poder entre liberais e conservadores era elevada. A possibilidade de mudança rápida na chefia do governo foi o que garantiu esse convívio mais harmônico entre liberais e conservadores.
Economia
No que se refere à economia, os dois grandes destaques são a economia cafeeira, que se consolidou como o principal item da economia brasileira, e a embrionária industrialização que foi esboçada no país. O destaque, claro, vai para o café, o principal item de exportação da economia brasileira até a década de 1950.
O café foi introduzido no Brasil no século XVIII e, no século XIX, popularizou-se como principal atividade econômica. As duas grandes regiões produtoras de café no país foram o Vale do Paraíba (localizado no Rio de Janeiro e parte de São Paulo) e o Oeste Paulista. Uma região secundária na produção cafeeira foi a Zona da Mata de Minas Gerais.
No que se refere à industrialização, o Brasil viveu um pequeno surto de desenvolvimento industrial entre as décadas de 1840, 1850 e 1860. Nesse período, o país teve um aumento na navegação a vapor e viu as estradas de ferro se multiplicarem, sobretudo visando ao aumento das exportações do país. Um dos símbolos desse período foi Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá.
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