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Uma mulher usou as redes sociais para denunciar um caso de violência obstétrica, que ela sofreu durante o parto da filha, em um hospital de Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador. Depois que o depoimento viralizou na Internet, outras mulheres também relataram situações semelhantes na mesma unidade.
A nutricionista Gisele Oliveira deu à luz a filha Liz, que nasceu em junho deste ano, através de parto cesáreo. A unidade escolhida foi o Hospital da Mulher, que fica em Feira de Santana e oferece atendimento humanizado pelo Sistema Único de Saúde. Porém, a experiência que deveria ser especial foi traumática.
“O médico estourou a bolsa sem me avisar. Simplesmente veio em mim fazer o toque, sem pedir licença. Tinha uma enfermeira muito grossa, que me tratou mal durante toda a cirurgia, da hora que cheguei até hora dela ir embora para trocar de plantão.”
Eu estava sentindo bastante dor, me contorcendo na maca. A enfermeira simplesmente falou: ‘cale a boca!’. Me senti só mais uma carne que eles iriam cortar e fazer um procedimento”, desabafa.
Violência obstétrica é configurada como qualquer tipo de violência, física, moral e psicológica, praticada por profissionais de saúde contra mulheres no parto, pós-parto e puerpério.