Matéria: ENEM
Autor: anasp4875
Perguntado 3 anos atrás

A atividade de aprofundamento que você deve realizar consiste em analisar criticamente o recente acontecimento que vem chamando a atenção global: a morte da jovem iraniana MashaAmini de 22 anos pela polícia moralista por uso incorreto do hijbab (lenço que cobre a cabeça), à luz do material teórico da disciplina.

A atividade deve apresentar

As relações de dominação masculina e as implicações para o comportamento e vestimenta das mulheres (unidade 3);
As questões relacionadas à violência contra a mulher (unidade 3);
As questões relacionadas à identidade, diferença e marcas no corpo (unidade 2);
O corpo e os direitos humanos (unidade 2).

Respostas

respondido por: AC1969

A execução da jovem Masha Amini, no Irã, aconteceu com circunstâncias agravantes:

Ela foi reconhecida como militante por um integrante da polícia política.
Foi executada no posto de identificação, sem defesa, prisão, julgamento ou sursis.
A repercussão mundial tratou o caso como atrocidade e crime de gênero.
O caso também foi considerado grave violação de direitos humanos.

O radicalismo político e a submissão das mulheres

A opressão de gênero é um problema antigo tanto no Ocidente quanto no Oriente. O problema se agrava em períodos de transição política ou crise socioeconômica.

Países como o Afeganistão, Irã e Iraque passam por situações desse tipo.
Nestes locais, há choque de costumes, muitas vezes de forma violenta.

Os tipos mais comuns de violência de gênero podem ocorrer tanto em países de governo autoritário quanto em regimes democráticos:

Regras de indumentária de gênero e vestimenta são mais rígidas em países teocráticos, contudo existem também de forma atenuada no Ocidente.
Tornou-se famoso no Brasil o caso de uma universitária perseguida por uma multidão devido à roupa que trajava.
A violência contra a mulher perpassa várias sociedades. Embora haja casos rumorosos no Irã, Paquistão e Índia, no Brasil o feminicídio inclusive foi tipificado de forma penal a fim de reforçar a punição.
A identidade feminina é uma das áreas em que mais ocorre preconceito, em especial no que concerne ao corpo.
Mesmo sem limitações de indumentária, o próprio machismo evidenciado pela objetificação do corpo feminino é uma marca de violência de gênero.
O problema é comum internacionalmente, mas no Brasil o preconceito em relação aos dois sexos se materializa na forma de preceitos corporais que podem ser considerados violação aos direitos individuais.
Por exemplo, mulheres devem ser femininas, homens devem ser agressivos. Isso produz coerção na identidade de gênero, visível, por exemplo, no caso do constrangimento sofrido por homossexuais e pessoas trans.