Respostas
Resposta: Dicas:
1. Leia bem a proposta. Ela é uma instrução. Perceba detalhes. Siga-a respeitosamente. Procure incluir em seu texto as palavras-chave do tema.
2. Leia bem a coletânea. Mergulhe em seus textos em busca de repertório que o auxilie a argumentar em favor de sua tese/opinião. Marque tudo que for interessante. Anote. “Texto lido é texto riscado” (Lucy).
3. Defina sua tese. Ela funciona como uma espinha dorsal orientadora dos seus argumentos. Se não há tese, os argumentos defenderão o quê?
4. Tendo a tese e os argumentos, pronto! Você tem um projeto de texto.
5. Introdução: apresenta e envolve. Intro (dentro) + dução (conduzir) = levar (o leitor) para dentro. Inclui uma contextualização/problematização e uma indicação de tese (ou a tese).
Obs.: há outros modelos, mas esse é mais fácil. Ah! Precisa ser bem clara para atrair o leitor.
6. Desenvolvimento: é a argumentação, a defesa da tese/opinião. Se bem que todas as partes do texto são argumentativas, todas visam convencer o leitor da validade da tese.
7. Conclusão: faça referência aos pontos principais da argumentação e, a partir disso, realize uma espécie de reflexão, muito atrelada aos argumentos (não é para sair voando) e relacionada à tese.
8. Conclusão com intervenções: escolha dois ou três agentes sociais, estruture suas ações, concretize-as, detalhe-as. Não seja vago ou genérico. Além disso, relacione-as aos problemas colocados nos argumentos. Esse casamento é muito importante.
Obs.: intervenções não são exclusividade do Enem, você pode incluí-las em redações de qualquer vestibular, desde que pertinentes ao tema analisado.
9. Para construir o texto, você precisa ter dentro de si um pedreiro, um engenheiro, um arquiteto e um supervisor. O arquiteto faz o projeto de texto. O engenheiro decide qual repertório (da coletânea ou próprio) utilizar em cada parágrafo. E o pedreiro transforma o repertório escolhido em argumentos, com a escolha de palavras (tijolos) e conexões/pontuação (cimento). O supervisor fica o tempo todo verificando se há falhas no trabalho dos três.
10. Evite dialogar com o leitor (você …), usar a primeira pessoa do singular (eu …), escrever frases muito longas, parágrafos com apenas uma frase, argumentar ou incluir informações novas na conclusão, repetir a mesma palavra muitas vezes, pôr vírgula entre sujeito e predicado, usar “onde” para se referir a algo que não seja lugar, quebrar paralelismo sintático (pesquise), usar conectivos inadequados ao contexto.
Perguntas que você deve fazer a você mesmo enquanto produz sua redação:
1. Essa palavra é adequada ao que quero expressar?
2. As frases estão completas?
3. Os parágrafos têm foco? Estão apoiando a tese? Estão interligados, como um passo levando ao outro?
4. A tese está clara?
5. Estou respeitando mesmo a proposta?
6. Usei a coletânea pelo menos um pouco, ou como pede a proposta?
7. A conclusão passa a ideia de fecho/fim?
8. Estou deixando bom espaço para a intervenção? (+/- 9 linhas) (Enem)
9. Estou controlando bem o tempo?
10. Estou nervoso demais? (Se sim, vá ao banheiro e faça algumas caretas para o espelho).
Boa redação!
Explicação: Humberto Cosentine – UOL