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Escrito por Celso Sisto e ilustrado por Angelo Abu, O Homem da árvore na cabeça é um conto da tradição oral africana, colhido em Tanzânia e Botswana.
O conto traz a história de Molefi, um homem que se julgava bom e não merecedor do infortúnio que lhe assolou: ver crescer uma árvore em sua cabeça.
Se no início, a árvore não lhe incomodava, com o passar do tempo, ele foi virando uma referência para todos, já que era impossível disfarçá-la e começou a ser apontado como ‘O homem que tinha uma árvore na cabeça”. Não sabendo o que fazer, procurou uma pessoa que conhecia encantamentos.
Desencantá-lo exigiria dele uma reflexão acerca de seu passado e o cumprimento de uma recompensa solicitada. O que teria feito esse homem para que uma árvore crescesse em sua cabeça? Ele acreditaria que o antídoto, recomendado pela sábia, seria capaz de livrá-lo de tamanho infortúnio? O que lhe aconteceria caso não cumprisse o trato proposto?
O homem da árvore na cabeça leva-nos a pensar sobre a força do narrador, que conta histórias, intercambiando experiências e permite ainda, caso você seja um professor, levar adiante um projeto interdisciplinar com a área de História e Geografia: “Da África, todos nascemos”.
Neste projeto, o aluno é convidado a refletir ao que ele associa com a África, tendo a oportunidade, ao longo do trabalho, de reconstruir os seus conhecimentos sobre ela.
Provavelmente, poucos alunos saibam que a Tanzânia é considerada o berço da humanidade, já que ela é o lar dos mais antigos assentamentos humanos, com fósseis de dois milhões de anos, do qual todos nós originamos. Sendo assim, se na África reside o berço da humanidade, todos somos filhos dela.
Nesse projeto, torna-se necessário, nas aulas de História e Geografia, discutir sobre as diásporas e quão cega e preconceituosa é a forma como muitas sociedades, inclusive a brasileira, trata a cultura africana.