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Quando falamos em origem da vida, sempre há muitas dúvidas e teorias. Uma das mais conhecidas e aceitas é a da evolução química, que propõe que a vida surgiu nos oceanos da Terra primitiva. Porém, diversas pesquisas sugerem que as substâncias que contribuíram para a formação das primeiras formas de vida podem ter chegado ao planeta, e não terem sido formadas aqui. Essa é a chamada Panspermia Cósmica.
Segundo a teoria da Panspermia Cósmica, existiram partículas de vida que teriam caído na Terra acompanhadas de cometas e meteoros. Essas partículas seriam como esporos prontos para germinar. Acredita-se que essa hipótese tenha sido proposta inicialmente no século V a.C., na Grécia, por Anaxágoras.
A teoria foi novamente posta em discussão por volta de 1879 pelos trabalhos de Hermann von Helmholtz e William Thomson, que afirmavam a possibilidade de meteoros servirem de meio de transporte para as formas de vida encontradas no espaço. Svante Arrhenius também contribuiu muito para a teoria. Ele sugeriu que os esporos poderiam ser transportados no espaço pela pressão da radiação emitida por estrelas.
Fred Hoyle, ao estudar as galáxias, verificou que seria possível que bactérias viajassem pelo universo. Ele observou que na poeira espacial havia compostos de carbono e água, sendo que esta refletia determinado espectro de luz, que era coincidentemente o mesmo que as bactérias refletiam. Quando expôs sua teoria em 1979, muitos pesquisadores ficaram céticos em relação à teoria.
Diversos trabalhos continuaram tentando confirmar a teoria da Panspermia. Dentre eles, destacaram-se o de Orguiel, os de Murchison e de Allend, que verificaram aminoácidos em porões de meteoritos. Esses aminoácidos poderiam ter sido trazidos à Terra e terem se tornado componentes dos oceanos primitivos após sua liberação. Acredita-se que esses meteoros chocavam-se com a água e liberavam aminoácidos no processo de hidrólise.
Baseando-se nessa teoria, pode ser que toda a galáxia tenha sido bombardeada com essas formas de vida ou substância precursora, portanto, não há motivos para que não possa existir vida em outros planetas.