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Para os antigos Gregos, sobretudo na época arcaica que concerne diretamente o Heraion do Sele, a religião e os desígnios das divindades guiavam ações e imaginário. Eles dedicavam muito tempo aos ritos religiosos; os deuses e a religião eram onipresentes na vida cotidiana. Assim a falta de devoção era um crime duramente punido. Os templos gregos tinham também por função a proteção dos fiéis: eles podiam servir de refúgio e aqueles que recebiam a proteção da divindade não podiam ser perseguidos no interior da área sacra. Diversos relatos de autores antigos contam anedotas sobre pessoas que se refugiaram nos santuários gregos. Na maioria desses relatos, o refugiado entrava em acordo com aqueles que o perseguiam para escapar da morte: a solução mais freqüente era a perda da cidadania e o exílio em outra cidade.
Uma outra função comum de um templo era de servir de depósito do tesouro da cidade. Alguns templos possuem até um local nos fundos reservado a receber esses bens, chamada opistódomo em grego . O templo pertence ao conjunto dos cidadãos e é uma excelente escolha como lugar de depósito dos bens comuns a toda a comunidade. O interior dos templos, sobretudo esta parte dos fundos, tinha um acesso muito limitado, reservado aos servidores do templo. Enfim, nas crenças dos antigos Gregos, os bens depositados num santuário ficam sob a proteção divina. Conservamos diversos textos que contam as punições recebidas por aqueles que não respeitaram a residência dos deuses: são particularmente eloqüentes as anedotas sobre os ladrões de templos.
Se conservamos tantos relatos que condenam o roubo dos templos, é certo que esses atos se reproduziam com uma certa freqüência. É justamente a presença dessas reservas, em forma de numerário, de oferendas em metais precisos, de armas, etc. que chamava a cobiça dos assaltantes.
O Heraion do Sele, grande templo no limite da cidade, devia cumprir igualmente a função de proteger toda a cidade, todos os cidadãos, contra os possíveis agressores do norte, que habitavam além da fronteira. Antes de invadir a cidade, esses últimos deviam afrontar não somente o poderio militar da cidade, mas também a fúria da divindade.
Deve-se notar que a proteção da fronteira da cidade não é feita por uma fortificação, mas por um templo. De fato, as muralhas da cidade circundavam o centro urbano, mas não abrangiam o território; elas não englobam o santuário de Hera no Sele. Isso nos informa sobre os tipos de relação possíveis que existiam entre os Gregos de Poseidonia e os Nativos do norte. Sem dúvida, esses últimos não possuíam o mesmo estatuto dos cidadãos da cidade, mas a presença do templo a priori aberto a todos que honravam a divindade, devia permitir uma certa forma de integração, ou pelo menos de contato entre essas populações e os Gregos.
Último elemento dentre as funções de um santuário: ele tem um papel de credor da cidade e dos cidadãos. Além do tesouro, os grandes santuários possuíam terras cultivadas, cujas receitas serviam normalmente para sua própria gestão, mas que podiam também gerar um excedente. Seja como for, os templos possuíam reservas de dinheiro que eram freqüentemente emprestadas à cidade no caso de necessidade, sobretudo para financiar as guerras.
Uma outra função comum de um templo era de servir de depósito do tesouro da cidade. Alguns templos possuem até um local nos fundos reservado a receber esses bens, chamada opistódomo em grego . O templo pertence ao conjunto dos cidadãos e é uma excelente escolha como lugar de depósito dos bens comuns a toda a comunidade. O interior dos templos, sobretudo esta parte dos fundos, tinha um acesso muito limitado, reservado aos servidores do templo. Enfim, nas crenças dos antigos Gregos, os bens depositados num santuário ficam sob a proteção divina. Conservamos diversos textos que contam as punições recebidas por aqueles que não respeitaram a residência dos deuses: são particularmente eloqüentes as anedotas sobre os ladrões de templos.
Se conservamos tantos relatos que condenam o roubo dos templos, é certo que esses atos se reproduziam com uma certa freqüência. É justamente a presença dessas reservas, em forma de numerário, de oferendas em metais precisos, de armas, etc. que chamava a cobiça dos assaltantes.
O Heraion do Sele, grande templo no limite da cidade, devia cumprir igualmente a função de proteger toda a cidade, todos os cidadãos, contra os possíveis agressores do norte, que habitavam além da fronteira. Antes de invadir a cidade, esses últimos deviam afrontar não somente o poderio militar da cidade, mas também a fúria da divindade.
Deve-se notar que a proteção da fronteira da cidade não é feita por uma fortificação, mas por um templo. De fato, as muralhas da cidade circundavam o centro urbano, mas não abrangiam o território; elas não englobam o santuário de Hera no Sele. Isso nos informa sobre os tipos de relação possíveis que existiam entre os Gregos de Poseidonia e os Nativos do norte. Sem dúvida, esses últimos não possuíam o mesmo estatuto dos cidadãos da cidade, mas a presença do templo a priori aberto a todos que honravam a divindade, devia permitir uma certa forma de integração, ou pelo menos de contato entre essas populações e os Gregos.
Último elemento dentre as funções de um santuário: ele tem um papel de credor da cidade e dos cidadãos. Além do tesouro, os grandes santuários possuíam terras cultivadas, cujas receitas serviam normalmente para sua própria gestão, mas que podiam também gerar um excedente. Seja como for, os templos possuíam reservas de dinheiro que eram freqüentemente emprestadas à cidade no caso de necessidade, sobretudo para financiar as guerras.
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