• Matéria: Geografia
  • Autor: babyamoriim
  • Perguntado 9 anos atrás

Pesquisa sobre as características geológicas de SP

Urgente é pra amanhã

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respondido por: annaflavia154
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A Região Metropolitana de São Paulo representa o maior aglomerado urbano do hemisfério sul e, possivelmente, o maior fenômeno de explosão demográfica urbana do século XX. A população desta região, de cerca de 250 mil habitantes no final do século XIX, expandiu-se para 17 milhões de habitantes nos últimos 100 anos, constituindo uma das maiores áreas conurbadas do planeta. A evolução da taxa de crescimento populacional da Região Metropolitana de São Paulo durante o período é aproximadamente concordante com o que ocorreu em todo o planeta, que passou de 1 bilhão para 6 bilhões de habitantes; com aumento de 15% para 50% da população residente em áreas urbanas. Obviamente, este quadro de crescimento demográfico e de ampliação relativa da área urbanizada exige um planejamento racional dos recursos naturais disponíveis. Neste sentido, a informação geológica, uma vez traduzida em aspectos de características de fragilidade e potencialidade dos terrenos, constitui a base para a exploração, uso e ocupação adequados de seus recursos sendo, portanto, um fator relevante para o planejamento urbano. Ainda, a informação geológica fornece os parâmetros necessários para a adoção de medidas corretivas, preventivas e de preservação de áreas suscetíveis aos acidentes naturais ou induzidos de naturezas geológica e/ou geotécnica. A explosiva expansão urbana da Região Metropolitana de São Paulo vem acompanhada de conflitos relacionados à mineração, ao abastecimento público de águas (quantidade e qualidade), às áreas de riscos geológicos e/ou geotécnicos, à precária ocupação habitacional de favelas, aos colapsos de terrenos cársticos, à disposição de resíduos sólidos, à vulnerabilidade por contaminação de aqüíferos subterrâneos, entre outros. Em conseqüência da necessidade de dados geológicos e geotécnicos para subsidiar esses conflitos, há grande demanda de informacões geológicas pelos setores de obras públicas (canalização de córregos, pavimentação, materiais naturais de construção, obras estruturais de contenção de encostas e taludes, obras subterrâneas, etc), habitação (parcelamento do solo, urbanização de favelas, cortes, aterros, etc) e saúde (saneamento básico, disposição de resíduos, combate a doenças transmitidas pela água, controle de enchentes, etc). Esta demanda de informações geológicas e geotécnicas para o planejamento da Região Metropolitana de São Paulo, assim como para outras regiões, deve ser suprida com trabalhos objetivando o reconhecimento dos problemas, das potencialidades morfodinâmicas e dos parâmetros geológicos e geotécnicos implícitos. 1.2 - Objetivos Utilizando os conhecimentos geológicos produzidos sobre a Região Metropolitana de São Paulo, representados pelos inúmeros trabalhos desenvolvidos principalmente à partir da década de 80, pretende-se aplicar esses conhecimentos às necessidades urbanas da metrópole, através de análise regionalizada do meio físico. Se por um lado existe enorme quantidade de dados provenientes de diversas pesquisas geológicas e geotécnicas para a elaboração de inúmeros projetos de obras na Região Metropolitana de São Paulo, principalmente na cidade de São Paulo, por outro lado, os problemas decorrentes do crescimento vertiginoso periférico da metrópole neste século, praticamente sem planejamento, são gigantescos. Na tentativa de aplicação dos estudos do meio físico para o adequado planejamento urbano, muitas vezes, constata-se a inadequabilidade dos dados existentes ou mesmo a dificuldade de sua aplicação direta. Com isto, a precariedade ou mesmo a inexistência do planejamento urbano é confundida com as fragilidades das condições geológicas e geomorfológicas intrínsecas da própria região ou dos conhecimentos científicos e técnicos disponíveis. Nesse sentido os riscos devem ser considerados tanto geológicos quanto geotécnicos, tendo a ação antrópica um papel muitas vezes decisivo no desencadeamento de determinadas respostas do meio físico. Portanto, este trabalho parte da premissa de que essas respostas podem ser perfeitamente prognosticadas a partir do conhecimento das condições geológicas e geomorfológicas atuais da área de estudo. Estas condições são herdadas das vicissitudes geológica, geomorfológica e tectônica pelas quais passou a região sendo os eventos naturais condizentes com a história evolutiva da região, principalmente durante o Cenozóico tardio (Neógeno e Quaternário). Desta forma, acidentes decorrentes de obras de engenharia, como desmoronamentos de túneis e galerias, por exemplo, são aqui tratados como acidentes de caráter geotécnico, enquanto que aqueles associáveis aos processos de evolução morfodinâmica, independentemente se desencadeados ou estimulados por ação antrópica, são aqui considerados como de caráter geológico. São estes últimos o principal objeto de análise no presente trabalho, associando-os às condições geológicas dos terrenos, à geomorfologia da paisagem e às características de ocupação urbana da região. 
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