• Matéria: História
  • Autor: ma4yagalexa3jesvi
  • Perguntado 9 anos atrás

"(...) Na era da construção de nações, acreditava-se que isso implicava a transformação desejada, lógica e necessária de "nações" em estado-nações soberanos, com um território coerente, definido pela área ocupada pelos membros da "nação", que por sua vez era definida por sua história, cultura comum, composição étnica e, com crescente importância, a língua. Mas implicar em tudo isso não é muito lógico. Se por um lado é inegável, e tão velho quanto a história, o fato de existirem grupos distintos de homens diferenciando-se a si mesmos de outros grupos por uma variedade de critérios, por outro lado não é certo que estes mesmos critérios fossem aquilo que o século XIX entendia por "nacionalidade". (...)


O problema não era apenas analítico, mas também prático. Pois a Europa, deixando de lado o resto do mundo, estava dividida evidentemente em "nações" cujas aspirações em fundar estados não deixava, pelo certo ou pelo errado, nenhuma dúvida, e em "nações" acerca das quais havia uma boa dose de incerteza quanto a aspirações semelhantes. O melhor guia para o primeiro tipo era o fato político, a história institucional ou a história cultural das tradições.


HOBSBAWM, Eric J. A era do capital, 1848-1875. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977. p. 99.

Respostas

respondido por: juremacaldassou
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O nacionalismo por sua vez defendia o respeito á soberania dos povos, seu direito de organizar-se politicamente e sua ligação histórica, étnica, afetiva e linguística.

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