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Mudanças Climáticas Globais e Agricultura
As atividades agrícolas podem ser ao mesmo tempo vulneráveis à mudança global do clima, quanto promovedoras de gases de efeito estufa. A vulnerabilidade inclui, entre outros, os problemas fitossanitários cujas medidas de prevenção e impactos já estão sendo estudadas.
Mudanças climáticas e problemas fitossanitários
As mudanças climáticas globais causarão alterações no atual cenário fitossanitário da agricultura brasileira. Como o ambiente determina a ocorrência de doenças, pragas e plantas invasoras, alterações no clima causarão modificações na incidência e severidade desses problemas. Os impactos econômicos, sociais e ambientais podem ser positivos, negativos ou neutros, pois as mudanças climáticas podem diminuir, aumentar ou não ter efeito sobre os diferentes patossistemas ou pragas, em cada região.
Os microrganismos fitopatogênicos e as pragas estão entre os primeiros organismos a evidenciar os efeitos das mudanças climáticas devido às numerosas populações, facilidade de multiplicação e dispersão e o curto tempo entre gerações. Dessa forma, constituem um grupo de indicadores fundamental, que precisa ser avaliado quanto aos impactos das mudanças climáticas. Além disso, são um dos principais fatores responsáveis por reduções de produtividade e podem colocar em risco a sustentabilidade do agro-ecossistema. Diante das ameaças que as mudanças climáticas representam à proteção de plantas, nos próximos anos, um estudo detalhado do assunto vem sendo desenvolvido na Embrapa Meio Ambiente.
Vulnerabilidade da Agricultura
A agricultura é uma atividade altamente dependente de fatores climáticos, como temperatura, pluviosidade, umidade do solo e radiação solar. A mudança climática pode afetar a produção agrícola de várias formas: pela mudança em fatores climáticos, incluindo a freqüência e a severidade de eventos extremos, pelo aumento da produção devido ao efeito fertilizador de carbono por meio de maiores concentrações de CO2 atmosférico, pela alteração da intensidade de colheita devido a uma mudança no número de graus-dia de crescimento, ou então modificando a ocorrência e a severidade de pragas e doenças (Shaw, 1997), entre outros efeitos.
Estudos baseados em modelos de circulação geral (GCM) mostram que a produtividade de várias culturas tende a diminuir em algumas regiões do globo e aumentar em outras. Assim, a produção em áreas tropicais e subtropicais, principalmente na África sub-saariana, devido às grandes áreas de clima árido e semi-árido e sua dependência de agricultura, tende a ser mais afetada em relação às regiões temperadas (Jones et al., 1997; CGIAR, 1998).
Contribuição da agricultura para o efeito estufa
Ao mesmo tempo que se constitui em uma atividade potencialmente influenciável pela mudança do clima, a agricultura também contribui para
o efeito estufa com emissões de gases como o metano (CH4), dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (CO), óxido nitroso (N2O e óxidos de nitrogênio (NOx). Estima-se que 20% do incremento anual do forçamento radiativo global é atribuído ao setor agrícola, considerando-se o efeito dos gases metano, óxido nitroso e gás carbônico (baseado em IPCC, 1996a), excluída a fração correspondente às mudanças do uso da terra relacionadas às atividades agrícolas (15%). O metano e o óxido nitroso são os principais gases emitidos pelo setor agropecuário, contribuindo com 15% e 6%, respectivamente, para o forçamento radiativo global (Cotton & Pielke, 1995).
As fontes agrícolas de gases de efeito estufa são o cultivo de arroz irrigado por inundação, a pecuária, dejetos animais, o uso agrícola dos solos e a queima de resíduos agrícolas. O cultivo de arroz irrigado por inundação, a pecuária doméstica e seus dejetos, assim como a queima de resíduos agrícolas promovem a liberação de metano (CH4) na atmosfera. Estima-se que cerca de 55% das emissões antrópicas de metano provêm da agricultura e da pecuária juntas (IPCC, 1995). Os solos agrícolas, pelo uso de fertilizantes nitrogenados, fixação biológica de nitrogênio, adição de dejetos animais, incorporação de resíduos culturais, entre outros fatores, são responsáveis por significantes emissões de óxido nitroso (N2O). A queima de resíduos agrícolas nos campos liberam, além do metano (CH4), óxido nitroso (N2O), óxidos de nitrogênio (NOx) e monóxido de carbono (CO).
As atividades agrícolas podem ser ao mesmo tempo vulneráveis à mudança global do clima, quanto promovedoras de gases de efeito estufa. A vulnerabilidade inclui, entre outros, os problemas fitossanitários cujas medidas de prevenção e impactos já estão sendo estudadas.
Mudanças climáticas e problemas fitossanitários
As mudanças climáticas globais causarão alterações no atual cenário fitossanitário da agricultura brasileira. Como o ambiente determina a ocorrência de doenças, pragas e plantas invasoras, alterações no clima causarão modificações na incidência e severidade desses problemas. Os impactos econômicos, sociais e ambientais podem ser positivos, negativos ou neutros, pois as mudanças climáticas podem diminuir, aumentar ou não ter efeito sobre os diferentes patossistemas ou pragas, em cada região.
Os microrganismos fitopatogênicos e as pragas estão entre os primeiros organismos a evidenciar os efeitos das mudanças climáticas devido às numerosas populações, facilidade de multiplicação e dispersão e o curto tempo entre gerações. Dessa forma, constituem um grupo de indicadores fundamental, que precisa ser avaliado quanto aos impactos das mudanças climáticas. Além disso, são um dos principais fatores responsáveis por reduções de produtividade e podem colocar em risco a sustentabilidade do agro-ecossistema. Diante das ameaças que as mudanças climáticas representam à proteção de plantas, nos próximos anos, um estudo detalhado do assunto vem sendo desenvolvido na Embrapa Meio Ambiente.
Vulnerabilidade da Agricultura
A agricultura é uma atividade altamente dependente de fatores climáticos, como temperatura, pluviosidade, umidade do solo e radiação solar. A mudança climática pode afetar a produção agrícola de várias formas: pela mudança em fatores climáticos, incluindo a freqüência e a severidade de eventos extremos, pelo aumento da produção devido ao efeito fertilizador de carbono por meio de maiores concentrações de CO2 atmosférico, pela alteração da intensidade de colheita devido a uma mudança no número de graus-dia de crescimento, ou então modificando a ocorrência e a severidade de pragas e doenças (Shaw, 1997), entre outros efeitos.
Estudos baseados em modelos de circulação geral (GCM) mostram que a produtividade de várias culturas tende a diminuir em algumas regiões do globo e aumentar em outras. Assim, a produção em áreas tropicais e subtropicais, principalmente na África sub-saariana, devido às grandes áreas de clima árido e semi-árido e sua dependência de agricultura, tende a ser mais afetada em relação às regiões temperadas (Jones et al., 1997; CGIAR, 1998).
Contribuição da agricultura para o efeito estufa
Ao mesmo tempo que se constitui em uma atividade potencialmente influenciável pela mudança do clima, a agricultura também contribui para
o efeito estufa com emissões de gases como o metano (CH4), dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (CO), óxido nitroso (N2O e óxidos de nitrogênio (NOx). Estima-se que 20% do incremento anual do forçamento radiativo global é atribuído ao setor agrícola, considerando-se o efeito dos gases metano, óxido nitroso e gás carbônico (baseado em IPCC, 1996a), excluída a fração correspondente às mudanças do uso da terra relacionadas às atividades agrícolas (15%). O metano e o óxido nitroso são os principais gases emitidos pelo setor agropecuário, contribuindo com 15% e 6%, respectivamente, para o forçamento radiativo global (Cotton & Pielke, 1995).
As fontes agrícolas de gases de efeito estufa são o cultivo de arroz irrigado por inundação, a pecuária, dejetos animais, o uso agrícola dos solos e a queima de resíduos agrícolas. O cultivo de arroz irrigado por inundação, a pecuária doméstica e seus dejetos, assim como a queima de resíduos agrícolas promovem a liberação de metano (CH4) na atmosfera. Estima-se que cerca de 55% das emissões antrópicas de metano provêm da agricultura e da pecuária juntas (IPCC, 1995). Os solos agrícolas, pelo uso de fertilizantes nitrogenados, fixação biológica de nitrogênio, adição de dejetos animais, incorporação de resíduos culturais, entre outros fatores, são responsáveis por significantes emissões de óxido nitroso (N2O). A queima de resíduos agrícolas nos campos liberam, além do metano (CH4), óxido nitroso (N2O), óxidos de nitrogênio (NOx) e monóxido de carbono (CO).
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