Question

Leia os dois contos apresentados a seguir e, depois, discuta com seus colegas que procedimento(s) o autor do segundo texto, Marcelo Coelho, utilizou para
fazer uma releitura do primeiro conto, de Andersen (traduzido e adaptado por Heloísa Prieto).

Procure verificar os processos estudados na Unidade 6: carnavalização (inversão), paródia (mudança de contextos e caracterizações para reverência, brincadeira ou ironia), dialogismo (a inserção de elementos de outras obras tradicionais). Fundamente suas observações aplicando os aspectos teóricos estudados na unidade e comprove com fragmentos do conto.
TEXTO ABAIXO

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Answer 1

Carnavalização, Paródia e Dialogismo
Patinho feio / Patinho bonito
O conto O Patinho Feio, de Anderson, traduzido e adaptado por Heloísa Prieto, como todos conhecemos, narra a história de uma patinho que nasceu com características diferentes do restante de sua família, logo assim, sendo desprezado por outros patinhos e passando por diversas situações de abandono e desamparo.
Já no conto O Patinho Bonito, de Marcelo Coelho, o autor se utiliza para fazer a releitura da história original o procedimento de carnavalização, fazendo desvios e inversões na narrativa consagrada pela tradição.
A leitura de O Patinho Bonito leva-nos a perceber que o personagem tradicional e simbólico do conto clássico, o patinho com sua "feiúra", dão lugar à total inversão, fazendo surgir e patinho com uma extrema beleza. Podemos ver como isso acontece:
"Era uma vez um pato chamado Mílton. Quando ele nasceu, todos tiveram a maior surpresa.
Era um patinho normal. Só que muito mais bonito que os outros.
Acharam o patinho tão bonito que resolveram chamá-lo de Mílton.
Mílton era o patinho mais bonito da escola. Todos olhavam para ele e diziam: " Como ele é bonito!". Ele se olhava no espelho e dizia: " Como eu sou bonito!"
Claramente nota-se o uso da carnavalização, fazendo a inversão, quando o patinho, tradicionalmente feio e indefeso, se torna bonito e atraente, cheio de segurança e orgulho.
(Típico exercício do Fórum Claretiano) :) É nós. Valeu, Cristiane.