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soneto rural!As mãos do pobre e a forma da lagosta vendo, chorei. Meu corpo, feito adeus,era só, machucado pé no esterco,pesava sobre mim toda a beleza.Havia um cesto e nele alguém botavaas cabeças cortadas dos borregos.Aprendi a cantar acompanhadode impaludismo, sede e fezes verdes.Na madrugada, a fome dos bezerros.As mãos passava em torno das bicheiras,quando vi, na celagem das campinas,erguido em dor, dourado mar barroco,sol e sombra lavrando um cão sarnosoe um porco morto com o céu por cima.
Aqui estou enterrado. Jamais quis
morrer longe de casa. Mas sofri
muitos anos exílios simultâneos.
Gastei-me em outras terras. Fui de mim
uma sombra emigrada. Rogo um sonho.
Cuidado! Não é tua
esta morte.
Cuidado! Ela vem disfarçada
de irmã e reparte
moscas e formigas
como se fossem frutas
maduras e espigas.
Cuidado! que vem vestida
de infância
e de vida.
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