• Matéria: ENEM
  • Autor: lov5enayadiansi
  • Perguntado 9 anos atrás

HAGAR DIK BROWNE
VEJA QUANTOS TUBARÕES ESTÃO SEGUINDO A GENTE!
É COMO SE ELES SOUBESSEM QUE ALGO RUIM VAI ACONTECER!
BROWNE, D. Folha de S. Paulo, 13 ago. 2011. As palavras e as expressões são mediadoras dos sentidos produzidos nos textos. Na fala de Hagar, a expressão “é como se” ajuda a conduzir o conteúdo enunciado para o campo da A conformidade, pois as condições meteorológicas
evidenciam um acontecimento ruim. B reflexibilidade, pois o personagem se refere aos
tubarões usando um pronome reflexivo. C condicionalidade, pois a atenção dos personagens é a condição necessária para a sua sobrevivência. D possibilidade, pois a proximidade dos tubarões leva à
suposição do perigo iminente para os homens. E impessoalidade, pois o personagem usa a terceira
pessoa para expressar o distanciamento dos fatos. QUESTÃO 110
Cabeludinho Quando a Vó me recebeu nas férias, ela me apresentou aos amigos: Este é meu neto. Ele foi estudar no Rio e voltou de ateu. Ela disse que eu voltei de ateu. Aquela preposição deslocada me fantasiava de ateu. Como quem dissesse no Carnaval: aquele menino está fantasiado de palhaço. Minha avó entendia de regências verbais. Ela falava de sério. Mas todo-mundo riu. Porque aquela preposição deslocada podia fazer de uma informação um chiste. E fez. E mais: eu acho que buscar a beleza nas palavras é uma solenidade de amor. E pode ser instrumento de rir. De outra feita, no meio da pelada um menino gritou: Disilimina esse, Cabeludinho. Eu não disiliminei ninguém. Mas aquele verbo novo trouxe um perfume de poesia à nossa quadra. Aprendi nessas férias a brincar de palavras mais do que trabalhar com elas. Comecei a não gostar de palavra engavetada. Aquela que não pode mudar de lugar. Aprendi a gostar mais das palavras pelo que elas entoam do que pelo que elas informam. Por depois ouvi um vaqueiro a cantar com saudade: Ai morena, não me escreve / que eu não sei a ler. Aquele a preposto ao verbo ler, ao meu ouvir, ampliava a solidão do vaqueiro.
BARROS, M. Memórias inventadas: a infância. São Paulo: Planeta, 2003. No texto, o autor desenvolve uma reflexão sobre diferentes possibilidades de uso da língua e sobre os sentidos que esses usos podem produzir, a exemplo das expressões “voltou de ateu”, “disilimina esse” e “eu não sei a ler”. Com essa reflexão, o autor destaca A os desvios linguísticos cometidos pelos personagens
do texto. B a importância de certos fenômenos gramaticais para
o conhecimento da língua portuguesa. C a distinção clara entre a norma culta e as outras
variedades linguísticas. D o relato fiel de episódios vividos por Cabeludinho
durante as suas férias. E a valorização da dimensão lúdica e poética presente
nos usos coloquiais da linguagem.

Respostas

respondido por: ALINE1AJUDA
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específicas de uso social. A violação desse princípio causou um mal-estar no autor da carta. O trecho que descreve essa violação é:
A “Essa palavra, ‘senhor’, no meio de uma frase ergueu
entre nós um muro frio e triste.” B “A única nobreza do plebeu está em não querer
esconder a sua condição
respondido por: marshall48
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Resposta:

A alternativa D

Explicação:

No quadrinho há uma relação entre o plano visual (personagens olhando para trás) e o verbal (o diálogo), em gerar uma expectativa, de que algo está prestes a acontecer. As expressões e as palavras dividem os sentidos produzidos no quadrinho. Logo, a expressão "é como se" revela a possibilidade de proximidade dos tubarões leva à suposição de um perigo próximos para os homens, como mostra a opção D.

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